31.1.12

Santa Catarina

Descansando num final de semana em Santa Catarina, nos meus últimos dias de férias, fiz esses apontamentos com canetinhas nanquin em meu sketchbook, numa praia e numa praça de uma cidadezinha perto de Floripa.



30.1.12

Boissucanga, São Sebastião, SP

Boissucanga, São Sebastião, SP by Dalton de Luca
Boissucanga, São Sebastião, SP, a photo by Dalton de Luca on Flickr.
Essa é o canto sul da praia da Vila (quase uma pequena cidade) de Boissucanga,
Fim da tarde com chuva ao longe e tinha muito pernilongo me picando. Abraços.

Nova Gokula

Não sei se este desenho se encaixa exatamente no que se entende por 'urban sketchers', já que foi feito numa fazenda (Nova Gokula, comunidade Hare Krishna em Pindamonhangaba). Por outro lado, o espírito de sentar e desenhar o que estava vendo tentando pegar o clima do lugar está ai, então é um post que, me parece, cabe no site. O desenho foi feito naquele moleskinão 594 x 210 mm.

Mãe, Avó e Tia

Elas não queriam, mas mesmo assim viraram desenho!

26.1.12

As dragas do rio Pinheiros


Nesta quarta, dia 25, fiz com o meu irmão um passeio organizado pelo Paulo Von Poser que saiu do Mube, onde acontece até domingo a exposição retrospectiva de 30 anos de exposições dele, indo pela ciclovia da marginal Pinheiros até o shopping Sp Market para a inauguração de um novo painel na praça de alimentação. A idéia era desenharmos pelo caminho, mas no fim paramos apenas esta vez, logo na entrada da ciclovia na cidade jardim, logo depois da usina de traição. Não tive tanto tempo quanto gostaria, acho que todos vocês sabem quanto prazer dá desenhar maquinário pesado e complexo, nem uma posição confortável o bastante debaixo do sol das 14h sentado no talude fedorento do rio, o vento levantando as páginas do caderno também. O interessante foi desenhar de perto estas barcas que já tinha desenhado bem mais de longe ano passado, num contexto completamente diferente. Ainda assim, a experiência de desenhar os rios, quaisquer e onde estejam, é das minhas coisas preferidas.


O primeiro Choro

Pessoal, este foram os primeiros do ano.
Estava escuro demais, mas a musica muito boa!
Tenho alguns outros deste evento que ocorre na casa de um amigo todo ano.
Abraços!!!






25.1.12

Fortaleza

Recentemente estive em Fortaleza e tive a oportunidade de conhecer e desenhar com os correspondentes locais, os professores Marcos Bandeira e Domingos Linheiro.


Arrumei um canto no sketchbook para fazer essa vista, usando a aquarela do Hugo.

Hugo Paiva e seus estudos da cor do mar
Marcos, o garoto-propaganda Moleskine
Foi difícil se organizar nas pedras...medo de algum pincel sumir em uma fresta
Já no centro da cidade, desenhando um edifício recém tombado pelo patrimonio.


23.1.12

Raphael em sketch improvisado no almoço de sábado - só assim para captar esta irrequieta criança de 4 anos (quase 5 conforme ele próprio) ..

Almoço de sábado no Restaurante Ao Mirante de Atibaia.
A vista é para a Pedra Grande ..
Raphael, de camiseta vermelha, em seu momento "sketch", desenhava a família que se encontrava na mesa de trás ..

34º SketchCrawl no Pateo do Colégio- São Paulo

O sábado amanheceu com aquela cara de chuva. Marcamos de encontrar, quem pudesse, no Pateo do Colégio pela manhã. Cheguei lá e vi sentada no canto, no seu banquinho portátil, uma desenhista solitária, Fernanda, arrumei um canto de baixo do sino para me sentar, confesso que fiquei um pouco surda, logo foram chegando mais parceiros desenhistas para se juntar a nós.

Fernanda Campos

Pouco a pouco vou conhecendo melhor os rostos das pessoas que antes só via aqui no blog. Me sinto sempre muito confortável em meio aos sketchers, não rola aquele silêncio constrangedor que as vezes acontece quando se está do lado de uma pessoa que acabamos de conhecer, do lado dos sketchers sempre tem assunto, qual a aquarela, que tipo de pincel, qual o papel, o melhor sketchbook, o próximo encontro mundial, aquele desenhista incrível etc etc etc.

Conseguimos ficar tempo suficiente ao ar livre pra fazer ao menos um sketch da área externa do Pateo do Colégio.

desenho da Mazé

Mazé por Fabien

Quando a chuva finalmente chegou fomos nos proteger no café que tem dentro da área construída do Pateo. O grupo não era muito grande, mas foi um dia muito agradável.Espero repetir o encontro outras vezes.

Mazé, Natalie, Juliana, Cauê, Fernanda,Marcelo, Fabien

Obrigada a todos que compareceram e aos que não puderam vir espero encontrá-los em breve.


Grande Abraço!
Juliana Russo



Porto - Santos/SP


Bom dia!
A cidade de Santos é, também, muito conhecida por seu porto, considerado o maior da América Latina.
Então, nada mais natural que eu represente um pouco dessa paisagem, tão marcante aqui na cidade.
Neste Domingo, sentei-me bem cedo no canteiro central da Avenida Mário Covas (portuária), para que o trânsito de caminhões não interferisse tanto no desenho; como aconteceu no Sábado, quando estava retratando a Bolsa do Café, no centro da cidade. Naquela ocasião, o tráfego intenso, muito barulho e poeira, acabaram transmitindo ao papel toda sensação do momento.
Esses guindastes podem ser vistos de várias partes da cidade, tamanha grandeza que possuem.
Sempre tive vontade de poder fazer uma série de desenhos sobre o porto. E, agora, vou torná-la em ação!
Aqui, o primeiro!

Até o próximo!

22.1.12

Meu primeiro post!


Boa tarde, pessoal!
Poucas vezes uma semana foi tão intensa quanto esta.
Minha introdução ao Urban Sketchers Brasil veio em forma de presente, no dia de meu aniversário.
E meu primeiro post veio junto com meu primeiro SketchCraw!
Ainda estou um pouco tímido nas palavras, portanto irei direto para meu sketch, realizado durante o 34th SketchCrawl!


O prédio em questão é a Bolsa Official do Café. Bastante imponente, é um marco no centro da cidade.
Construído em 1922, foi tombado em 2009 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)Hoje, ele abriga o Museu do Café.
Este desenho foi feito ao lado da avenida portuária, com um tráfego intenso de caminhões, muito barulho e poeira.
E acredito que o desenho tenha captando um pouco o momento...bastante intenso...bem poluído...cheio de linhas e traços...ruídos!
Depois de 2:00h desenhando:
- coberto de poeira até o último fio de cabelo;
- queimadura nos ombros (depois de hoje, já coloquei um protetor solar estrategicamente colocado na minha bolsa de desenho);
- uma baita dor de cabeça;
- 1 sketch.
Mas estou feliz com o resultado e considero o saldo super positivo.
Pois, a satisfação que tenho ao sentar ali, esquecer de tudo e fazer o que mais gosto, não tem preço!
Espero que curtam! Até o próximo post!
"Agradeço a todo o grupo, que me recebeu de braços abertos, com palavras gentis e de incentivo!"

34th World Wide SketchCrawl - Minha participação

Oi pessoal! Segue a minha singela participação na trigésima quarta edição do SketchCrawl. O dia estava feio aqui em Fortaleza com muitas nuvens e ameaça constante de chuva que acabou acontecendo enquanto eu me dirigia para Aquiraz, primeira capital do nosso estado. Na pequena cidade se encontram belos exemplares de nossa arquitetura dos séculos XVIII e XIX. Entre eles o Mercado da Carne e a Igreja Matriz de São José de Ribamar. Acabei dando sorte. Enquanto a chuva caia consegui sentar confortavelmente embaixo da grande circulação do edifício que circunda do mercado e também consegui fazer uma perspectiva interna da igreja abrigado dos respingos de chuva que ainda caiam. Vejam os resultados. Abraços!





20.1.12

Cidades da Amazônia

No final do ano passado estive em uma cidade que gosto muito, Macapá. Queria começar a postar aqui partindo, literalmente, do zero. Vou explicar, Macapá é a única capital brasileira em que a latitude é 00º 00'. Acho legal a linha do Equador cruzar a cidade ao meio, por mais que não possamos vê-la é bem interessante saber que o meio do mundo é ali. Além disso, Macapá tem algo bem interessante. É lá que está construída a maior edificação militar portuguesa da América do Sul (84.000 m²), um belo lugar para ver o pôr-do-sol, seu nome: Fortaleza de São José. Situada na foz do rio Amazonas, foi inaugurada em 1782. Ela nunca precisou ser utilizada para combate. E é de lá que coloco aqui meu primeiro post. Um post de uma cidade da Amazônia. 

Desenhos de viagem - Portugal

 Detalhe do Museu de História Natural de Sintra - Portugal
Olá pessoal, vai rolar uma série resumida com os desenhos que produzi na nossa última viagem. Foram 7 cidades ao todo e vou começar aqui por Portugal. Em todos os desenhos adotei a mesma técnica. Levei uma caderneta Moleskine 12,7x20,5 cm com papel texturizado para aquarela que tinha ganhando de minha esposa Juliana ano passado em Santiago. Fiz sempre uma base volumétrica com lapiseira porta minas (1.6 HB) e depois um acabamento nos traços e em algumas sombras com uma Pentel 0.5 (B). Aqui devo confessar que não fiz nenhuma aquarela apesar da caderneta ser preparada para tal. Não haveria tempo e eu não tinha o material adequado para aplicar a técnica na rua. Bom, acabei explorando o formato bastante retangular da folha e sua textura. Gostei da maioria dos resultados.


19.1.12

Laje sobre Laje

Hoje o chefe não estava, o que significa um tempinho mais confortável para desenhar a obra do outro lado da rua. Este é o 12º desenho, 12 dias depois do último que publiquei, que era do dia 7. Neste meio tempo armaram toda esta laje que mais ou menos mostra o tamanho que terá o prédio.

Cordisburgo - Cidade do coração

No final do ano fui viajar de carro com minha mulher a amigos, e que viagem! Entre meus companheiros de viagem, a Sketcher Mazé Leite, grande artista e ser humano, valeu, Mazé! 

E o que vimos:

Desenho feito durante uma das paradas para almoçar na beira da estrada.
Chapadões imensos, sem fim, a perder de vista, se estendendo por muitas léguas. Vegetação verde em todos os tons, cobrindo toda terra, até onde os olhos podem alcançar. Nuvens que aparentam cavalos fortes como não há e a dúvida se aquilo tudo era real, de se pegar. Amplidão, nação sem fim, mato, roça, arraial, coqueiros altos, envergados pro lado do vento, bananeiras, mangueiras, pé de café, laranjeiras... plantação de tudo quanto é legume e frutas. E o verde das árvores e plantas verdes de milhões de tons; De vez em quando muda de cor e explode, no meio do verde, um violeta intenso, roxo, laranja e o vermelhão da terra destacado, as rachaduras da terra seca e as rochas redondas. Por cima dos montes e montanhas, as pedras espalhadas numa perfeição assombrosa, como que colocada com as mãos. Igrejas brancas isoladas no alto dos montes embranquecendo. No céu, nuvens felpudas, de estiagem, nuvens de chuva e de vento, lá na frente a chuva e depois o sol e a estrada continuam até o final do mundo. Casinhas de barro, sapé, tijolo à vista, telhadinhos coloridos e fachadas pintadas com nossas cores ancestrais, que sempre povoaram nossos sonhos e imaginação. Casas de duas cores bem postas, de onde vem essa noção, se não da própria natureza? Eia, que o sertão não tem fim mesmo, eu vi. 

Dna Alzira, primeira moradora do vilarejo Naque.
A gente foi adiante, rasgando e vimos mais, conversamos com toda a gente boa que pintava. Vimos também banquinhos de madeira na frente da casas onde, debaixo da copa da árvore, serve pra se sentar na sombra depois de mais um dia de trabalho. Beirada pra tomar café e cachaça e prosear sem contar tempo. As vacas comendo e recomendo, galinhas pescando com o bico aqui e ali, cavalos quietos pastando e balançando o rabo como um pêndulo. O tempo corre e as casas e pessoas e galinhas e vacas e bananeiras e verdes e roxos vão ficando pra trás, novas paisagens vão aparecendo
com uma constituição toda nova, mais seca e arenosa, o verde fica mais fosco e estamos indo mais pra longe, vendo rios largos e lagos espalhadas pelo campo. Chapadão imenso. Estamos de bem com a terra, eita, Brasil grande, oh povo bom de sentar na soleira da porta e conversar.
Paramos em um povoado feito de uma só rua. Conversamos com os moradores e tomamos café. Treze dias de viagem de São Paulo para Bahia, parando em João Molevade e Vitória da Conquista antes de dar as caras a Salvador. 
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Pelourinho, queria desenhar tudo lá.

Sirlene posando no bairro do Vermelho.
Na Bahia foi incrível andar pelo pelourinho, ver a casa natal do Gregório de Matos e imaginá-lo cantando seus versos cáusticos pelas tabernas, acompanhando pelas cinco cordas duplas da sua viola, abrindo sua boca do inferno para atacar padres, Deus e o Diabo e os poderosos daquela época. Ele embriagado indo embora, cambaleante, se apoiando nas portas de madeira noite adentro, todo esfarrapado. Vimos também a igreja onde foi rodado o filme brasileiro, premiado em Cannes, O pagador de promessas, perdi a conta de quantas vezes vi esse filme... que bom ver onde foi filmado. Vamos seguindo, conversando com meu amigo, escritor baiano, Gustavo Rios – Gente finíssima!. Visitamos praias e comemos acarajé no Vermelho.
Praia de Itapuã.

Lagoa do Abaeté com a Mazé desenhando.

De lá partimos para Rio de Contas, lugar mágico! A estrada é verde e a vista se dilata para ver aquelas montanhas de sonho. Uma viagem no tempo onde Walter Salles esteve anos atrás, filmando Abril despedaçado, este que ficou encantado com o trabalho do artista Zofir.
A névoa da cidade, somada à arquitetura colonial, cria um ar de mistério. Encontramos personagens saídos diretos dos romances de João Guimarães Rosa. As pessoas são como poemas vivos, andando debaixo da chuva.

Ana Rita Sérgia Ribeira, benzedeira do vermelhão - Rio de Contas.


Bom Jesus da Lapa


Treze dias de viagem: São Paulo, Salvador, Chapada Diamantina, Bom Jesus da Lapa (onde vimos o Velho Chico), e finalmente Cordisburgo, a cidade do coração, onde nasceu Guimarães Rosa, onde conhecemos o Brasinha e a Dôra Guimarães, prima do Rosa e coordenadora do Projeto Miguilim, onde vimos a casa dele e a venda do pai em frente à estaçãozinha de trem. De lá voltamos com o coração repleto de paisagens bonitas e gente mais bela ainda, que nos enriqueceram com seus sorrisos abertos e olhares profundos. 
Dôra Guimarães e Michele no Projeto Miguilim.
Mackswell lendo trecho do Grande Sertão no Projeto Miguilim.


É isso, vamos aprender a sermos brasileiros e enxergar o que é esse País. Pra terminar, cito um trecho do Grande Sertão: Veredas:
“Aprender a viver é o que é viver mesmo.”
João Guimarães Rosa