30.9.15

DESENHO DE FÉRIAS – SOCORRO/SP






Desenho de férias em momento de descanso no Hotel Campo dos Sonhos em Socorro/SP .. à esquerda, calhambeque estacionado e à frente, um dos quadriciclos disponibilizados para um passeio na fazenda .. à esquerda, “trem” para crianças brincarem .. em dia de muito sossego ..

29.9.15

Caderno de Desenhos de Viagens - Mário Campos/MG

Noturna na Encruzilhada em Mario Campos/MG

Pois é... parece estranho, mas é isso. Após um estafante mas maravilhoso dia em Inhotim, não conseguimos pousada em Brumadinho/MG. Nossa decisão em viagem de carro não era voltar à BH, mas seguir viagem em busca do barroco mineiro mais ao sul do Estado. Circulando pelo início da noite e meio frustrados, continuamos estrada até chegar à essa pequena cidade. Ao conseguirmos finalmente hospedagem, seguimos a tentar comer e beber alguma coisa... Em uma das poucas ruas, de um sábado às 20h da noite, quase nenhum estabelecimento estava aberto. E, o pior, em uma pizzaria não vendia cerveja e estava para fechar. E em um outro vizinho que tinha uma sinuca daquelas com o pano verde já estriado pelos tacos, não vendia cerveja e nenhuma cachaça. E ainda em um outro lugar tinha a propaganda de um maravilhoso macarrão na chapa, mas não vendia cerveja. Compramos dois (enormes), "para viagem", e saímos em busca de uma cerveja, ou melhor, se possível, de uma cachaça, pois o frio estava incomodando... Continuamos até a saída/entrada da cidade - uma encruzilhada - Rodovia/Ferrovia. Aí tinha uma lanchonete de empadas e, ainda bem, vendia cerveja (de uma marca de latão), mas não cachaça. Abrimos o macarrão na chapa, até tentamos, mas ambos viraram alimento... graças ao amigo Andre Fraga, para a população canina da cidade, ali mesmo na encruzilhada. Pedimos umas duas empadas... mas, também infelizmente, não estavam do nosso "exigente" gosto. "emoticon unsure"

Aí, sorvendo alguns goles de cerveja, e mais relaxados, Iniciei uma "urban" aguada que virou essa noturna da dita encruzilhada... Enfim, o ponto alto do momento foi a passagem de uma enorme composição de 140 vagões.

Então, aí é Black Lamp Winsor & Newton em bisnagas + algumas Unipin Mitsubish sobre papel de 300 gr/m2.

Noite em Mario Campos/MG


Amanhecer em Mario Campos/MG

Após a incrível saga "em busca da cerveja perdida", descrita no post anterior... nos restou, nessa viagem, o resto da noite para um bom descanso. Fácil, deitar e dormir "que nem pedra". Pois é ‪#‎sqn‬, pois a cidadezinha está situada à beira de uma importante via férrea para o escoamento de minério. O que na noite anterior tinha sido o ponto alto, a cinética imagem da passagem da composição de 140 vagões pela encruzilhada... (e pensei com meus botões, deve ser a última composição...) tornou-se um pesadelo ao longo da madrugada. Composições de análogo tamanho passeiam pelos trilhos de Mario Campos durante à madrugada... com altos avisos de buzina de trem. Pelo menos conseguimos contar umas cinco delas... Ao acordar pela manhã, muito sonolento, tive uma bela visão do território ferroviário e dos belos montes que compõem o seu hinterland. Para começar o dia, uma aquarela e uns breves exercícios de sfumatto sobre esta paisagem.

Amanhecer em Mario Campos/MG



Folha do sketchbook citado

Caderno de Desenhos de Viagens - Inhotim, Brumadinho/MG



Alejandra Kirkwood e André Lissonger: desenhando a Galeria Adriana Varejão

(a)Riscar o Património - 2016 - Torres Vedras - Portugal

Olá Brasil,
Aqui vão notícias de Portugal, onde voltámos a reforçar as relações entre os países irmãos, com a presença do desenhador/sketcher convidado: Edward Wandeur, um dos coordenador do Urban Sketchers Santo André (SP). Um abraço 

No passado dia 26 de setembro, a Cooperativa de Comunicação e Cultura (CCC - Sketchcrawl Torres Vedras) e a Câmara Municipal de Torres Vedras, juntaram-se à iniciativa (a) Riscar o Património - 2ª Edição, integrada nas Jornadas Europeias do Património Cultural, sob o tema Património Industrial. O Convite foi feito pela Direção_Geral do Património e a Associação Urban Sketchers Torres Vedras. A coordenação local foi assegurada pelo André Baptista (CMTV e CCC Sketchcrawl Torres Vedras).

O Encontro decorreu na antiga Cerâmica da Ermegeira (Maxial), uma antiga fábrica que se encontra desactivada há vários anos e contou com a presença de cerca de 30 "desenhadores de rua/urban Sketchers", tendo sido recebidos às 10h pelo Vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Torres Vedras, o arquiteto Bruno Ferreira, pelo Presidente de Junta da União de Freguesias de Maxial e Monte Redondo Celso Carvalho e pela Inês Mourão, Presidente da Cooperativa de Comunicação e Cultura. Não menos importante terá sido a presença de um dos herdeiros desta antiga cerâmica, o Sr. Luís Eduardo que presenteou os participantes com alguns relatos sobre o antigo funcionamento da fábrica.


O evento teve como desenhadores/orientadores convidados, os urban sketchers Teresa Ogando (Lisboa) e Edward Wandeur (S-P, Brasil).



O almoço decorreu nas instalações da antiga fábrica da Macieira (Maxial), onde os participantes pudram contactar com mais um edifício importante e relevante para o património indústrial torriense, sendo um edifício adquirido pela autarquia que contém um espólio significativo da antiga Macieira.


Depois de um passeio pela zona histórica do Maxial, os participantes voltaram à cerâmica onde puderam desenhar outros pormenores, outras memórias, na certeza porém, que o regresso será inevitável.

 


                


   



Estes desenhos serão facultados à Direção-Geral do Património Cultural, para que possam fazer uma selecção para uma futura exposição, à semelhança com o que acontecera com os desenhos do ano passado, que neste momento se encontram expostos no Museu Nacional de Arqueologia (Mosteiro dos Jerónimos - Lisboa), onde se encontram desenhos das 10 cidades, incluindo Torres Vedras.



Fotografias de Inês Mourão (as melhores) e André Duarte Baptista
 
A entrega dos participantes voltou a ser demonstrativa da importância que a autarquia, as associações, os torrienses e os "desenhadores de rua" atribuem ao património material e imaterial. No final, sempre a mesma promessa: "Havemos de voltar"

28.9.15

Caderno de Desenhos de Viagens - Lagoa da Pampulha, BH

Páginas de um sketchbook produzido em viagem, com papéis de tamanho A4 e gramatura 300gr/m2. Mais de duas dezenas de sketches em hidrográficas e aquarela com vistas externas e internas dos principais edifícios que compõem o conjunto projetado por Oscar Niemeyer na Lagoa da Pampulha (Belo Horizonte/MG).

Cassino da Pampulha . Atual Museu de Arte Moderna

Vistas feitas da Bias Fortes, e da Pampulha até a Igreja de São Francisco e o Cassino

André Lissonger, flagrado em descanso ativo... na Lagoa da Pampulha

Depois da Praça da Liberdade, um croquis da Casa do Baile


Alejandra Kirkwood e André Lissonger, na Casa do Baile

Casa do Baile

André Lissonger e Alejandra Kirkwood na Casa do Baile

Vista da Pampulha até o Cassino . Sketches da Igreja de São Francisco

Igreja de São Francisco da Pampulha

27.9.15

Caderno de Desenhos de Viagem - Belo Horizonte/MG

Uma breve passagem e alguns desenhos no Centro Administrativo de Minas Gerais (projeto e obra de autoria do Arquiteto Oscar Niemeyer) através do método da visão serial de Gordon Cullen. Utilizando hidrográficas e aquarelas sobre bloco de papel de 300gr/m2. Estudando composição arquitetônica em grande escala, estratégias de proporção, ritmo, claro-escuro, e outras noções aplicadas por Paolo Portoghesi no seu livro Roma Barroca.









Conheça os Correspondentes: Cláúdio Santos, de Joinville/SC

Cláudio Santos é natural de Porto Alegre/RS. Na infância, morou e estudou em uma cidade próxima, no interior do estado, chamada Camaquã. Possui formação em Arquitetura & Urbanismo pela Universidade Federal de Pelotas (1999). Concluiu Mestrado na Universidade Federal de Santa Catarina (2007), em Florianópolis/SC, na linha de pesquisa Desenho Urbano e Paisagem. Em 2008 iniciou a carreira docente. Já lecionou disciplinas de Teoria do Urbanismo, Desenho Urbano, Desenho Arquitetônico e Projeto de Paisagismo. Atualmente é professor do Centro Universitário CatólicaSC, em Joinville, das disciplinas de Geometria Descritiva, Perspectiva e Desenho de Observação do Curso de Arquitetura & Urbanismo.

O fascínio pelo desenho e pela pintura antecede o período de formação acadêmica. Ainda criança, nas horas de lazer, a distração preferida era reproduzir desenhos dos gibis dos personagens da Disney ou de super-heróis da Marvel, para depois pintar com lápis e hidrocor. Na escola, era “escalado” pelos colegas para desenhar os cartazes nos trabalhos em grupo. No ensino fundamental, tinha adoração pelas aulas de Artes Plásticas, pois as tarefas normalmente envolviam pintura com diferentes materiais e, das disciplinas mais monótonas, costumava desenhar nos cadernos a caricatura dos professores durante as explicações. Hoje, nas disciplinas que leciona, fica preocupado e atento para saber se seus alunos não fazem o mesmo...

USK Joinville . 02 de Setembro de 2015


Durante a faculdade, na década de 1990 em Pelotas/RS, foi estagiário no escritório de um arquiteto aquarelista, onde construía as perspectivas dos projetos em papel manteiga (manualmente, em mesas gigantes e com extensores para fixar os pontos de fuga!). Após, transferia para papel Fabrianno para, então, o arquiteto colorir o desenho. Foi o primeiro contato direto com a prática da aquarela, já que na época os professores do curso não ensinavam essa técnica porque consideravam “difícil” e, aos interessados, só restava aprender através dos livros, bastante escassos, sobre o tema.

Ainda nas fases iniciais do curso, participou de processo seletivo e foi aprovado para a monitoria de Perspectiva e Sombras, uma disciplina temida por todos os colegas de curso. Devido à experiência prévia da monitoria, esse estágio no escritório não foi tão “sofrido” (como teria sido para seus colegas) e despertou o interesse pelo estudo e prática, desde então, das técnicas de pintura aguada, feitas inicialmente em Ecoline. Até concluir a faculdade, como atividade paralela, fez diversas charges para um jornal da cidade, o que auxiliou nas despesas com aquisição dos materiais para experimentação de desenho e pintura.

Aeroporto de Joinville/SC

Barco Príncipe, na Baía da Babitonga . Sãso Francisco do Sul/SC



Hoje no meio acadêmico, considera que, com o advento dos avanços tecnológicos e uso de ferramentas computacionais para a elaboração de desenhos de projetos arquitetônicos, existe uma tendência crescente dos estudantes abandonarem a prática espontânea da representação gráfica através de técnicas manuais. Com isso, se tornam cada vez mais limitadas a capacidade de expressão gráfica sem o apoio de programas e máquinas, além de se tornarem excessivamente padronizados e impessoais os desenhos gerados unicamente pelas ferramentas digitais. Portanto, a formação de profissionais que pouco conhecem do meio onde vivem e que são extremamente dependentes da computação para se expressarem, é motivo suficiente para profundas reflexões no sistema acadêmico de ensino.

Catedral de São Francisco de Paula

Praça da Bandeira, Joinville/SC . Carrocinha de Pipoqueiro ao Sol da Tarde 

Desde 2010 tem se dedicado a estimular as habilidades nos estudantes de arquitetura, design e demais interessados, sob os aspectos de aprimoramento da percepção dos espaços públicos e cenários que as cidades oferecem, bem como aperfeiçoar o uso de técnicas de representação gráfica à mão livre com aplicação de cores. Recentemente, ministrou workshops e promoveu eventos que auxiliaram na estruturação e fundação do grupo USK Joinville.