31.12.15

SERRA DO JAPI – CABREÚVA/SP


Esse desenho é para terminar o ano de 2015 .. De alguns dias de descanso nesta última semana do ano em Cabreúva, no coração da Serra do Japi .. e como não poderia deixar de ser, findando mais esse ano, desenhando e aquarelando ..

 
 

 
 

29.12.15

Conheça os Correspondentes: Raro de Oliveira de Curitiba/PR

Raro de Oliveira . Foto: Marlyn Tows
Nasci no subúrbio do Rio de Janeiro em 1968, sou carioca da gema e vivo há mais de 20 anos em Curitiba, que me seduziu numlindo dia de inverno com céu azul cerúleo. Desenhei desde sempre, quando criança fazia gibis para vender para os meus primos. No escola fazia ilustrações dos jornaizinhos e isso acabou por se consolidar como ideia de profissão. Estudei Comunicação Visual na Escola de Belas Artes da UFRJ, bem numa época de transição, entre o mundo das tintas e pincéis para o advento da computação gráfica. Hans Donner, recém chegado ao Brasil, estava dando as cartas e a universidade ainda não sabia como se virar com essas novidades. Então tive uma formação mais ligada aos métodos acadêmicos, desenho anatômico, modelo vivo, coisas que hoje estão finalmente voltando a ter sentido no meu cotidiano de sketcher.

Entrei nesse movimento de desenho de rua através do convite do Simon Taylor em 2013, e fui destravando aos poucos. Havia muita coisa que não praticava a anos e outras que não havia feito nunca. Profissionalmente minha atuação tinha se concentrado no marketing e no design, a ilustração havia ficado de lado. Por hobby pintava, mas sempre de imaginação, figuras humanas, cenas inventadas, o desenho de observação que estava na alma do desenho do Urban Sketcher não era minha praia.

Casa Vila da Glória/SC . Diário de Viagem

Paisagem da Janela, no Rio de Janeiro . Diário de Viagem

Lentamente fui redescobrindo esse olhar, esse jeito de desenhar o que está ao seu redor, de produzir em curto espaço de tempo. Sempre gostei de escrever pequenas crônicas, e do mesmo modo meu traço também se orientou para esse aspecto. A paisagem e seu contexto, os sentimentos e pensamentos que tive naquele encontro, naquele lugar, com aquelas pessoas. Como não tive uma formação acadêmica de arquitetura não me prendia a representação mais naturalista das construções, e isso aos poucos tem se tornado um caráter do meu desenho e do meu diálogo com as imagens que encontro no cotidiano.

Feira, no Rio de Janeiro . Diário de Viagem

Praça Tiradentes, RJ . Diário de Viagem

No começo da minha caminhada com os desenhos de rua recolhia as imagens em folhas soltas, observava que aqui em Curitiba essa era a tendência predominantes do grupo. Mas em 2015 estive no encontro de Torres Vedras, em Portugal, e percebi com os europeus são fascinados pelos seus cadernos de desenho. A partir desse momento também optei por desenhar quase sempre em cadernos, eles me dão o sentido de continuidade e aprendizado. O espaço do caderno tem sua lógica particular, relacionando o antes e o depois, a gestualidade de virar as páginas, o ato de “se abrir” para o outro ver e assim vamos construindo uma trajetória estética.

Pausa pro Almoço . Fachada de Casa, Hugo Langue

Pausa pro Almoço . Eucalipto Real, Curitiba


Em Curitiba temos dois grupos que desenham aos sábados e domingos, mas como isso parece pouco para quem se envolve com o mundo do Urban Sketchers, também desenho na hora do almoço, com um pequeno grupo de amigos, Simon Taylor, Fabiano Vianna e Antonio Dias, que tiram um tempinho pra desenhar todos os dias. Hoje, estou cada vez mais envolvido com o desenho de rua, percebo que ainda há muito o que aprender ainda, porém deslumbrado pelo tanto que já aprendi com esses sketches de traços e pinceladas.


USk Curitiba: Largo da Ordem

USK Curitiba: Praça do Homem Nu

USk Curitiba: Saldanha Marinho

USK Curitiba: Orquestra Sinfônica do Estado do Paraná

Raro de Oliveira . Foto: Marlyn Towns

20.12.15

CIDADE E PERCEPÇÃO: Cenários e formas convertidos em desenhos (Joinville/SC)


   Trago para esta postagem os resultados de uma pesquisa desenvolvida com acadêmicos do Curso de Arquitetura e Urbanismo  do Centro Universitário - Católica de Santa Catarina de Joinville, que estimulou habilidades sob os aspectos da percepção dos espaços públicos e cenários que a cidade oferece, bem como o uso de técnicas de representação gráfica à mão livre com aplicação de cores. A partir dessas atividades, ao longo de 12 meses foi elaborado um acervo gráfico contendo a representação artística dos cenários joinvilenses mais significativos, escolhidos sob a ótica e diagnóstico dos estudantes e construídos com técnicas baseadas estritamente no uso de materiais e instrumentos para representação manual.

   Este trabalho foi apresentado em 30 de outubro de 2015, no 3º Congresso de Iniciação Científica promovido pela instituição. A equipe que orientei foi composta por acadêmicos do 2º ano do Curso: a bolsista Ana Elisa de Braga e 4 voluntários, Felipe Nass, Katiúcia Alano, Lucas Nora e Luciane Kouketsu. O enfoque da pesquisa foi direcionado para as principais construções e localidades da cidade de Joinville/SC, tendo sido identificadas basicamente sob as teorias clássicas dos Elementos Estruturadores do Espaço desenvolvidas por Kevin Lynch (1960). Como avanços observados, pode-se destacar a evolução da percepção dos estudantes sobre o ambiente em que vivem, no olhar que lançam sobre a cidade, bem como a ampliação da prática e o aprimoramento de técnicas de representação gráfica manual. 

3º Congresso de Iniciação Científica - CatólicaSC de Joinville - 30/Outubro/2015


Equipe de pesquisa: Cláudio, Luciane, Katiúcia, Lucas e Felipe
   


   USk no meio acadêmico

   A importância deste tipo de abordagem com os acadêmicos consiste no fato de que grande parte da geração atual de estudantes circula pouco a pé na cidade onde residem, fazendo a maior parte dos seus percursos com auxílio de veículos motorizados por diversos motivos, como falta de segurança, distância a ser percorrida, tempo de deslocamento ou outros. Nota-se também que os espaços para uso dos pedestres são cada vez mais reduzidos nos grandes centros urbanos. Como consequência desses fenômenos, surge um grande desconhecimento sobre diversas características do meio onde vivem. Especificamente para o dia-a-dia dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo, isto faz com que se tornem restritas as oportunidades de observação da cidade, sua configuração espacial, a ponto de se tornar difícil a leitura dos espaços ou territórios onde futuramente irão intervir com seus projetos. Portanto, este constante exercício de percepção é de grande relevância no processo de formação dos acadêmicos.


Estudantes Ana Elisa e Felipe desenhando "in loco" a ponte do Rio Cachoeira e o Museu do Sambaqui
   
   Ainda, com o advento dos avanços tecnológicos e uso de ferramentas computacionais para a elaboração de desenhos de projetos arquitetônicos, existe uma tendência crescente dos estudantes abandonarem a prática espontânea da representação gráfica através de técnicas manuais. Com isso, se tornam cada vez mais limitadas a capacidade de expressão gráfica sem o apoio de programas e computadores, além de se tornarem excessivamente padronizados e impessoais os desenhos gerados unicamente pelas ferramentas digitais. Portanto, a formação de profissionais que pouco conhecem do meio onde vivem e extremamente dependentes da computação para se expressarem, motivou o desenvolvimento das atividades de desenho de observação que foram propostas.
   

Experimentação de técnicas e materiais variados para pintura da Estação Ferroviária


   O profissional arquiteto urbanista habilitado para o desempenho de suas atribuições, que possuir deficiências na representação de suas ideias e restrições na percepção do meio em que projeta, certamente encontrará sérias limitações em diversas áreas de atuação. Preparar o estudante, não só no campo teórico mas também através de práticas de simulação conectadas à realidade das cidades, proporciona uma formação de melhor preparo para lidar com as demandas contemporâneas da profissão. 


Desenho de observação "in loco" do Moinho Santista

   Atividades que tragam possibilidade de experimentação de diferentes técnicas manuais de desenho e pintura, associadas à percepção ambiental baseada em fundamentos teóricos para escolha de cenários e sua representação, podem suprir as carências identificadas atualmente junto aos estudantes. Nesse sentido, esta pesquisa promoveu práticas de desenho e pintura que visam suprir as demandas e as deficiências percebidas em sala de aula, no que diz respeito à percepção dos espaços urbanos e domínio de técnicas de representação gráfica manual pelos estudantes. Agora, a intenção é ampliar o número de praticantes no Curso, visto que a evolução e os benefícios decorrentes dessas atividades à formação dos acadêmicos foram comprovados através deste pequeno grupo. Abaixo, seguem as representações elaboradas exclusivamente pelos acadêmicos e os devidos créditos de autoria.
  
   Abraços a todos, um excelente 2016 repleto de felicidade, saúde e muitos desenhos (claro!) e até a próxima!!! 

   p.s.: comentários, críticas e sugestões serão sempre bem vindas.


Catedral São Francisco Xavier, por Luciane Kouketsu

Museu do Imigrante, por Katiúcia Alano

Joinville Iate Clube, por Lucas Nora

Harmonia Lyra, por Felipe Nass

Quartel do Exército 62º BI, por Lucas Nora

Edifício Multisom, por Luciane Kouketsu
Estação Ferroviária, por Ana Elisa Braga
Cidadela Antarctica, por Luciane Kouketsu
Museu do Sambaqui, por Felipe Nass

Rua das Palmeiras, por Lucas Nora

Edifício Minancora, por Katiúcia Alano

Moinho Rua XV, por Felipe Nass





14.12.15

9° Encontro Urban Sketchers em Fortaleza


Oi, pessoal! Esse final de semana foi de dupla comemoração aqui em Fortaleza. No sábado, 12/12, aconteceu, depois de uma longa pausa, o último encontro dos desenhistas urbanos cearenses desse ano. Nunca me preocupei em fazer contagem, mas recorrendo aos arquivos descobri que esse seria nosso nono encontro. Muito pouco! Com certeza temos que nos reunir mais. O local escolhido foi o Passeio Público que também abrigou a festa de confraternização em comemoração ao dia do arquiteto promovida pelo IAB-CE. Alguns desenhistas ficaram para a feijoada que foi bastante animada. Parabéns a todos pelo dia, pela festa e pela participação no evento! Vejam as imagens que resumem a produção do dia. Até a próxima.



Amando Costa

Cristiana Castro, Wanessa Cardoso e Mateus Xavier
Matheus

Marcos Bandeira

Osires Abreu

Angélica Abreu, Morganna Batista e Dennys Silveira
Luciano Filho
Wagner Brito
Eduardo Acioly
Mário Roque
Áureo Castelo Branco


7.12.15

Último encontro de 2015 do Urban Sketchers Mogi das Cruzes

Neste sábado ocorreu o último encontro do ano de 2015 do Urban Sketchers Mogi das Cruzes e pudemos contar com a presença de amigos do Urban Sketchers de Santo André que produziram maravilhosos croquis de Luis Carlos, distrito do Município de Guararema, Estado de São Paulo.



Arnaldo Fiorotti, Aline Garcia, Ana Rafful e Edward W. K. foram fotografados por comerciante local após serem observados durante o encontro.

Com a visão particular e artísica de cada um dos parricipantes, foram produzidos croquis singilares, cujas imagens fazem parte integrante desta postagem.




Croquis feito por Ana Rafful

Croquis do Edward W. K. - Urban Sketcher de Santo André.


Aline Garcia escolheu como tema para seus sketches, a Locomotiva feita na Philadelphia em 1927.




Arnaldo Fiorotti, aproveitou a ocasião para desenhar não apenas a arquitetura local, como também as participantes Aline Garcia e Ana Rafful.




Ana Rafful também não resistui ao charme desta locomotiva de 88 anos, totalmente restaurada e em pleno funcionamento.


Este sketche, também produzido por Ana Rafful, contempla uma das principais construções do Distrito de Luis Carlos, bem como, a vedete do passeio, a Maria Fumaça americana de 1927 pertencente à Estrada de Ferro de São Paulo - São Paulo Railway.