29.9.16

entre palestras, mesas-redondas e comunicações: desenhos de BH

Nestes dias 26, 27 e 28 de setembro participei do 4º Colóquio Ibero-Americano "Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto", realizado no Campus Pampulha UFMG.

Cheguei a BH no sábado e fomos logo às comprar no Mercado Municipal. Não resistir em comprar uma "Ouropretana", maravilhosa cerveja artesanal das Minas Gerais. Logo após, fomosvisitar o "Museu Abílio Barreto" que fica no único edifício remanescente do antigo Curraql del Rey, núcleo urbano que foi demolido para a construção da noa capital do estado das Minas Gerais.

No local estava rolando um sambão, o que me motivou a abrir a "Ouropretana" e degustar acompanhado do famoso queijo canastra. Aproveitei para marcar o diálogo entre degustação e desenho, e resolvi inserir um dos adesivos da garrafa na página do desenho do "Museu"



No domingo, 25/09, fomos - eu, a professora Vieira e o professor Paulo Nobre - visitar o santuário do Caraça, um conjunto religioso que sofreu um incêndio em uma de suas alas (a do colégio) e foi alvo de intervenção restaurativa , que buscou deixar claro a marca da intervenção, sem negar a pré-existência.

Nestes desenhos, estou experimentando uma série em que os desenhos apresentam um grau de sobreposição entre eles. Algumas experimentações  - na minha análise - estão apresentando um bom resultado, outras nem tanto. Mas considero importante a realização dessas experimentações, pois estas possibilitam aberturas para novos caminhos.



Na segunda, 26/09, entre palestras, mesas-redondas, e comunicações, consegui um tempinho para fazer registros do prédio do CAD 2, local ode ocorreu boa parte das atividades do evento.


Por fim, na terça, 27/09, conseguimos chegar no fianal da tarde na casa JK, visitamos a exposição e tive tempo para fazer um registro da casa e do seu simpático jardim, localizado no acesso ao edifício.

Uma agradável caminhada pela lagoa nos fez chegar à "pérola" do conjunto da Pampulha. A Igrejinha de São Francisco de Assis. Já era noite, e dela me veio a inspiração de registrar o marco religioso.


Depois deste passeio ... uma mesa de bar para saudar e comemorar esse pequeno - mas gratificante - período de tempo na capital das Gerais.

25.9.16

Largo do Cruzeiro de São Francisco

Urban Sketching no Largo do Cruzeiro de São Francisco

A ocasião do episódio do #57 Encontro dos Croquizeiros Urbanos de Salvador (Urban Sketchers Salvador) nos permitiu concentrarmos a atenção, mais uma vez, às arquiteturas e à dinâmica urbana do Largo do Cruzeiro do São Francisco.

Esta área se configura com a mesma tipologia de ocupação colonial dos largos franciscanos... com a implantação da igreja de ordem primeira, um grande espaço quadrangular à sua frente... e um cruzeiro disposto em meio à este "pátio".

No caso, este o largo é delimitado com edificações coloniais e ecléticas, que fecham o enquadramento para a Igreja da Ordem Primeira do São Francisco. E, de extrema delicadeza... é possível encontrar, surpreendemente, uma fenda que nos arrebata com a visão da Ordem Terceira do São Francisco. esta sim, com um trabalho incrível de fachada (barroco plateresco). Motivo, é claro, de um desenho bastante complexo e temido por muitos sketchers.

Tivemos a oportunidade de desenhá-la em outro encontro, junto com o Mestre Jota Clewton... mas nunca a publicamos nesse veículo. Dessa vez seguem os desenhos lado a lado, um sketch mais "clássico ou tradicional' e outro "mais livre"... para a comparação dos leitores. O primeiro, integra a publicação Sketchers do Brasil... o segundo, realizado nesta última jornada que gerou esse post de hoje.



Estes sketches foram postados nas redes sociais da seguinte forma:

1. O da esquerda:

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco . Salvador/BA

Conclusão da obra: 2­2­ de junho de 1703

."É um expressivo exemplar da tradição barroca no país, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e foi uma das indicadas para a eleição das 7 Maravilhas do Brasil. A igreja faz parte de um dos principais conjuntos monumentais de Salvador, que inclui a Igreja e o Convento de São Francisco, que lhe ficam anexos. No século XIX, a fachada foi toda recoberta de argamassa, considerada fora de moda, sendo esquecida sua decoração original por mais de um século. Em 1932, por acidente, foi redescoberta, quando um eletricista estava fazendo a instalação de luzes. Durante o trabalho, deu marteladas na fachada, fazendo cair parte do reboco. Em 1939 o IPHAN encaminhou o seu tombamento".

Sketch geralmente temido por muitos desenhistas por causa da dificuldade do enquadramento e quantidade de detalhes. Estes, inclusive, são um caso à parte - merecendo atenção para compor um belo ensaio.

Desenho e aquarela realizado no #36 Encontro dos Urban Sketchers Salvador, que aconteceu no Largo do Cruzeiro do São Francisco e Pelourinho.

2. O da direita:

Largo do Cruzeiro do São Francisco: Registro em hidrográficas e aquarela das esquinas que enquadram a Igreja da Ordem Terceira Secular de São Francisco, no #57 Encontro dos Urban Sketchers Salvador.

[...]

Os outros registros desse evento foram os seguintes:







Flyer de divulgação do evento


Salvador, 25 de Setembro de 2016
AL






   

Urban Sketching na Praça da Sé . Salvador da Bahia

Esquadrias na Praça da Sé
Hoje tive um tempo para trazer aqui um breve relato sobre o #56 Encontro dos Croquizeiros Urbanos de Salvador (Urban Sketchers Salvador).

Retornamos à Praça da Sé (Salvador/BA) mais uma vez e, além do lugar, repetindo uma aula prática do curso de Croquis Urbanos que ministramos na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia. Foi uma jornada aprazível ao início da manhã e, um pouco complicada ao longo da mesma... isso, devido às chuvas.

O Encontro iniciou-se com uma preleção envolvendo um pouco do histórico e evelução urbana do lugar. Bem como algumas peculiaridades de algumas edificações e cones visuais mais significativos. 

Os primeiros croquis, de esquente, foram das esquadrias coloniais, ecléticas e modernistas das edificações do seu entorno. Além de um bom exercício de esquente, ajuda à "desenferrujar" a mão... e aprimorando o traço de hachura.

Após essa demanda iniciamos desenhos sobre os becos transversais que "desaguam" na praça. Com muita confusão provocada pelos usuários e transeuntes da área... e o início das chuvas, até que foi possível pelo menos marcar alguns desenhos.


Beco transversal à Praça da Sé . Hidrográfica e aquarela sobre papel 300 gr/m2.

Na medida em que as chuvas apertavam, e os suportes foram humedecendo... tornou-se impraticável a prática do desenho sem abrigo. A solução foi desenhar ao lado dos pilotis do Edifício Arthemis. Essa foi uma solução tipo plano B que acabou impedindo o desenho do ângulo do edifício ABI... desenhado em uma outra oportunidade no mês de abril de 2015. Se o leitor tiver curiosidade, confira o post completo sobre este e outros desenhos no relato sobre o Curso de Croquis Urbanos da FAUFBA em 2015... aqui mesmo no nosso blog.

Com essa mudança de planos o ideal foi desenhar as esquinas frontais... um rápido sketch sobre o Palácio Arquiepiscopal e a esquina do edifício A Primavera.

Assim foi o post que fizemos na nossa página no facebook:



"A Primavera"

Uma esquina na Praça da Sé . Salvador/BA

Vista da esquina da antiga loja de instrumentos musicais "A Primavera" (edificação da esquina). "A primavera", a mais de 30 anos, era uma das poucas lojas na cidade, onde era possível adquirir um instrumento musical profissional. Além de apetrechos para a sua manutenção. Perdi as contas das inúmeras vezes em que precisei de "atravessar" a cidade, da Barra ou de Itapoan... até a Praça da Sé, para obter informações ou mesmomelhorar a performance do violão, da gaita, guitarra, procurar pedais, comprar paletas, baquetas, pandeiros, etc... mas os tempos são outros. Antes que a loja se acabe por completo... fica o registro.

[...]


Flyer de divulgação do evento

Salvador, 25 de Setembro de 2016
AL


22.9.16

GRAFOS em Nova Descoberta

Estou ministrando um seminário temático que denominei "CADERNOS GRÁFICOS" com alunos da pós graduação. A ideia básica do seminário é Incentivar a utilização do caderno gráfico como suporte para a construção de narrativas sobre a cidade, a partir da realização de registros / memórias acerca da apreensão dos espaços urbanos da cidade na contemporaneidade. 

No primeiro encontro do seminário realizamos uma atividade  de leitura da cidade em sua totalidade, que só foi possível pelo fato de estar ocorrendo na cidade uma a Mostra Laboratório Participativo De Fora Adentro- A Cidade e Seus Sentidos, idealizado e executado pelo antropólogo e artista multimídia Maurício Panella. Esta mostra teve como suporte um "mapa gigante" da cidade, impresso em 2006 para ser apresentado no Encontro da SBPC que ocorreu naquele ano em Natal. Neste ano de 2016, o mapa voltou a ser suporte para atividades vinculadas à referida mostra.





Ao conceber a metodologia do seminário, resolvi incluir uma atividade no mapa, para que os participantes tivessem uma visão "macro" da cidade, para podermos ir na atividade, fazendo as leituras a partir da transição entre escalas: do macro para o micro. Nesse sentido, as atividades foram definidas na perspectiva de articulação trans-escalar:


1.       1. Visita ao “mapa gigante”: exposição “DeForaaDentro”, para se ter uma visão macro sobre a cidade do Natal e para serem selecionadas as áreas da cidade que serão trabalhadas na escala micro, a partir da construção de narrativas e utilização do caderno gráfico como suporte para estas narrativas;

2.       2.  Atividade do “perder-se na cidade - narrativas da microescala”. Serão visitadas três áreas, em um primeiro momento coletivamente e posteriormente deverão ser realizadas outras visitas – a cargo de cada um dos discentes - aos locais selecionados, de modo a ampliar o quadro narrativo de cada um;

3.      3.  Serão definidas datas para a partilha das narrativas realizadas, tendo o caderno gráfico como suporte para estas narrativas.
N
NA primeira área escolhida foi um trecho do Bairro Nova Descoberta, que apresenta uma situação com um nível de complexidade que instiga boas discussões. A área é praticamente delimitada de um lado por uma região em que predominam as construções em adensamento vertical (corredor da Av. Salgado Filho, uma das principais vias de articulação da cidade), e de outro a reserva do Parque das Dunas (o morro, como é popularmente conhecida a reserva).


No percurso realizado, procuramos priorizar a proximidade do morro, para identificarmos as relações entre este marco da paisagem e o espaço construído. No entanto, pudemos também fazer relações também com a área adensada, com as tipologias (urbanas e arquitetônicas) encontradas no percurso, com os espaços simbólicos, com as apropriações dos espaços realizados pela prática cotidiana.







Seguem os meus registros, realizados no meu "sketchbook" preferido, o meu livro.
















13.9.16

É dia de feira ... no Alecrim!

"Um por três ... dois por cinco!"
"Macaxeira é muito melhor do que pão!"
"Chupe dindin ... pra ficar lindim!"
"Olha a bolsa! Olha a bolsa! ... Olha os bolsos! Olha os bolsos!
"Chuva! Corre!Chuva!"

Assim é a feira ... Assim é o Alecrim!

Estivemos no sábado passado, dia 10 de setembro, nesse tradicional espaço de feira em Natal, desta vez incorporados às atividades do Workshop "Alecrim Revisitado", realizado pelos docentes e discentes do sétimo período do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN.

E a manhã foi intensa: visitas a locais de referência na própria feira, sons, cheiros, texturas e ... CHUVA, muita CHUVA!

Desta vez, além dos desenhos, fizemos um pequeno vídeo, intercalando fotos e os desenhos produzidos pelo grupo, que dessa vez contou com a ilustre presença do USK-Mirim, Miguelito.
























10.9.16

12º Encontro USK Fortaleza - Praça dos Leões


No sábado, 03/09/2016, fizemos o 12º Encontro USK Fortaleza. Nessa edição tivemos a satisfação de registrar a maior quantidade de participantes de todos os nossos encontros até agora e de contar com a produção, via Universidade de Fortaleza, de um filme sobre o evento. O vídeo fará parte de uma série de programas sobre Arquitetura e Urbanismo vinculados às práticas acadêmicas de nosso curso. Dessa forma, fomos convidados a eleger assuntos para os programas e o Urban Sketchers foi logo lembrado e aceito como tema. Assim que o filme estiver pronto divulgaremos por aqui.

O local escolhido foi a Praça dos Leões no Centro da nossa cidade. Essa praça abriga um dos principais conjuntos de edifícios históricos de nossa capital. Recentemente recuperada pela prefeitura municipal e banhada pelo belo sol da manhã de sábado, a praça nos ofereceu sombra, vários lugares para sentar e uma constante brisa para amenizar o calor. O encontro foi fantástico. Recebi vários comentários positivos dos participantes e isso nos deixou muito felizes. Em breve marcaremos o próximo!

Abaixo seguem os desenhos produzidos por lá! Tem de todo tipo. Aquarelas, grafites, pastel seco, nanquim e lápis de cor. Podemos notar também as mais diversas formas de observação e expressão. Espero que gostem!








Desenho: André Soares













Desenho: André Soares




Desenho: Domingos Linheiro









Desenho: André Soares


Desenho: Domingos Linheiro