Aproveitando a vinda do meu sobrinho (Simãozinho) para passar uns dias das suas férias em Natal, programei alguns passeios com ele, já sabendo que o moleque iria querer desenhar (trouxe a tiracolo o meu livro e não se intimidou em (ar)riscar nele!).
O primeiro local visitado e registrado foi a Fortaleza dos Reis Magos. Durante o tempo que estivemos lá, as perguntas sobre o lugar foram frequentes (mente curiosa de menino funcionando!).
Fizemos o registro praticamente do mesmo ângulo.
Na tarde do mesmo dia, fomos à praia de Ponta Negra. Ele queria ver o Morro do Careca. No entanto, ficou mais propenso a registrar o modo em que as pessoas se apropriam da praia. Quanto a mim, mais uma vez registrei o que é considerado um dos maiores cartões-postais da cidade.
O dia seguinte foi destinado à visita aos parques. No Parque da Cidade rolou desenho. Eu fiz uma espécie de "visão serial" do edifício do Memorial de Natal. Confesso que não sou muito fã da solução formal desse edifício, mas é inegável que ele propicia ótimos exercícios de leitura e apreensão do objeto.
Quanto ao Simãozinho ....
E num é que o moleque encarou fazer o desenho do Memorial, mesmo dizendo que achava dificil? O interessante é que ele em um determinado momento passou a olhar para o meu desenho e me falou que era mais fácil desenhar a partir do que eu estava fazendo, porque "ficava mais fácil entender". Será o meu sobrinho um "Maneirista" (à maneira de...)?. rs
Por fim, tomamos o rumo das praias do litoral sul. Fomos à Barreta, Camurupim, Tabatinga.
Porém, nesse passeio o Simãozinho não quis saber muito de desenho. A praia estava mais atrativa!
Eu ... para não perder o costume, fiz um registro da praia de Camurupim,
Foram dias de boa companhia e fica a certeza que estive diante de um novo UrbanSketcher!
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17.7.16
20.1.16
mais um parceiro de desenho em Fortaleza
As últimas idas e vindas à Fortaleza foram marcadas por sentimentos de ansiedade, angústia, tristeza e necessidade de reconstruir laços de proximidade com a família.
E não deixou de ter saida para desenhar. Uma saida bastante particular.
Na verdade, convidei o meu sobrinho, que tem o nome de meu pai - uma singela homenagem de minha irmã ao grande homem que foi o seu Simão.
Simãozinho, de pronto, aceitou o meu convite de passear pelo centro da cidade.
No percurso de ônibus entre a Barra do Ceará e o Centro, conversamos um pouco sobre o passeio, que atrasou um pouco por conta da chuva que caia na cidade. Falei sobre alguns dos lugares por onde iríamos passar e perguntei se ele os conhecia. Ele falou que sim, Mas falou que dessa vez iria ser diferente: Dessa vez "teria desenhos". Me surpreendi e gostei de sua determinação.
Descemos no ponto final do ônibus e minha intenção era começarmos pelo prédio da Antiga Estação Central, a Estação João Felipe. Porém, o edifício estava fechado. Atravessamos então a rua e adentramos no atual edifício do Centro de Turismo de Fortaleza, antiga Cadeia Pública. Falei um pouco para ele sobre elementos existentes no edifício, chamando atenção para a antiga função (as grades das janelas, o pátio interno, as celas, que agora são lojas, etc). E, finalmente sentamos em um dos canteiros para desenhar. Enquanto foquei o desenho em parte do edifício - especificamente nos espaços de articulação entre interior e exterior - o Simãozinho foi nos "detalhes": as janelas e as grades, uma árvore, o poste de iluminação, Acho que nos complementamos.
Continuamos nosso percurso em direção à Praça General Tibúrcio, mais conhecida como "Praça dos Leões", pela existência de elementos escultóricos que representam leões, em locais estratégicos da praça. Simão zinho, no caminho, já foi me falando que preferiria desenhar a leoa, pois segudo ele era mais fácil de desenhar que o leão, por causa dos pelos. Porém, resolveu mesmo sentar próximo da escultura que marca o acesso da praça através de uma bela escadaria e iniciou o seu desenho. Pouco tempo depois chega pra mim e fala: "Tio Clewtinho, desisti de desenhar o leão, mas fiz a serpente que tá enrolada nele, tá certo?". Uma pequena mudança de foco.
Fomos almoçar no Passeio Público, um espaço bem agradável no centro da cidade, palco de muitas histórias. Foi conhecido como Praça do Mártires, por sua vinculação com o episódio do fuzilamento de pessoas envolvidas com a Confederação do Equador. Depois, tornou-se o Passeio Público, o espaço de sociabilidade da elite fortalezense, na transição entre os séculos XIX e XX. Os seus jardins receberam tratamento adequado aos ideias de civilidade e modernidade. Além de vegetação abundante, o espaço recebeu um conjunto de estatuárias que se pretendiam cópias das obras de arte clássicas, como a Vênus de Milo, por exemplo.
Depois do almoço, ainda ensaiamos desenhos: esbocei um desenho da estátua da Vênus de Milo, buscando contextualiza-la com a vegetação envolvente. Simãozinho continuou no detalhe: a ele chamou atenção uma pequena jardineira situada no parapeito de um das esquadrias do espaço que recebe o restaurante.
No caminho de volta para casa, já pensávamos no próximo encontro. Esse menino vai longe, podem esperar!
E não deixou de ter saida para desenhar. Uma saida bastante particular.
Na verdade, convidei o meu sobrinho, que tem o nome de meu pai - uma singela homenagem de minha irmã ao grande homem que foi o seu Simão.
Simãozinho, de pronto, aceitou o meu convite de passear pelo centro da cidade.
No percurso de ônibus entre a Barra do Ceará e o Centro, conversamos um pouco sobre o passeio, que atrasou um pouco por conta da chuva que caia na cidade. Falei sobre alguns dos lugares por onde iríamos passar e perguntei se ele os conhecia. Ele falou que sim, Mas falou que dessa vez iria ser diferente: Dessa vez "teria desenhos". Me surpreendi e gostei de sua determinação.
Descemos no ponto final do ônibus e minha intenção era começarmos pelo prédio da Antiga Estação Central, a Estação João Felipe. Porém, o edifício estava fechado. Atravessamos então a rua e adentramos no atual edifício do Centro de Turismo de Fortaleza, antiga Cadeia Pública. Falei um pouco para ele sobre elementos existentes no edifício, chamando atenção para a antiga função (as grades das janelas, o pátio interno, as celas, que agora são lojas, etc). E, finalmente sentamos em um dos canteiros para desenhar. Enquanto foquei o desenho em parte do edifício - especificamente nos espaços de articulação entre interior e exterior - o Simãozinho foi nos "detalhes": as janelas e as grades, uma árvore, o poste de iluminação, Acho que nos complementamos.
Continuamos nosso percurso em direção à Praça General Tibúrcio, mais conhecida como "Praça dos Leões", pela existência de elementos escultóricos que representam leões, em locais estratégicos da praça. Simão zinho, no caminho, já foi me falando que preferiria desenhar a leoa, pois segudo ele era mais fácil de desenhar que o leão, por causa dos pelos. Porém, resolveu mesmo sentar próximo da escultura que marca o acesso da praça através de uma bela escadaria e iniciou o seu desenho. Pouco tempo depois chega pra mim e fala: "Tio Clewtinho, desisti de desenhar o leão, mas fiz a serpente que tá enrolada nele, tá certo?". Uma pequena mudança de foco.
Fomos almoçar no Passeio Público, um espaço bem agradável no centro da cidade, palco de muitas histórias. Foi conhecido como Praça do Mártires, por sua vinculação com o episódio do fuzilamento de pessoas envolvidas com a Confederação do Equador. Depois, tornou-se o Passeio Público, o espaço de sociabilidade da elite fortalezense, na transição entre os séculos XIX e XX. Os seus jardins receberam tratamento adequado aos ideias de civilidade e modernidade. Além de vegetação abundante, o espaço recebeu um conjunto de estatuárias que se pretendiam cópias das obras de arte clássicas, como a Vênus de Milo, por exemplo.
Depois do almoço, ainda ensaiamos desenhos: esbocei um desenho da estátua da Vênus de Milo, buscando contextualiza-la com a vegetação envolvente. Simãozinho continuou no detalhe: a ele chamou atenção uma pequena jardineira situada no parapeito de um das esquadrias do espaço que recebe o restaurante.
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