10.8.15

SKETCHES EM PARIS - CADERNO DE VIAGEM


SKETCHES EM PARIS - CADERNO DE VIAGEM




MEU MATERIAL

Caneta Noodlers Ahab Flex;
Caneta Lamy Gouchers;
Caneta Noodlers Neponset Music Nib;
Tintas Noodlers waterproof e J. Herbin;
Sakura Waterbrush;
Uma caixa de aquarela;
Sketch book S&B ou D&S

MEUS DESENHOS E MINHAS TÉCNICAS

Antes de entrar no avião, escolho uma técnica rápida para fazer um sketch de no máximo 20 (vinte minutos), sabendo que o tempo de espera será sempre pequeno. Assim sendo, faço um desenho bastante simples do contorno do avião e uso meu pincel para diluir a tinta, bem como para marcar as sombras. O texto que ilustra o desenho, normalmente é feito ao longo do trajeto.


OS PRIMEIROS DIAS EM PARIS

Passeando por um dos bairros mais charmosos e simpáticos de Paris: Montparnasse, encontrei, na Rue de Rennes, um lindo edifício, logo me instalei em um dos muitos cafés locais e comecei a desenhar com o material que tinha em mãos naquele momento.



Usei uma tinta cinza que se adaptou muito bem com as cores de minha aquarela.

O CONCEITO DE BOUNDING BOXES

Olhando meu desenho percebi que eu precisava captar muito mais de tudo aquilo que estava vendo e não simplesmente mostrar a conhecida e admirada arquitetura de Paris. Precisava acrescentar impressões e comentários pessoais, então refinei a técnica introduzindo o seguinte procedimento:

1- Observei o local atentamente para escolher os detalhes que seriam colocados nas imagens do meu sketche, a fim de melhor descrever o ambiente, naquele momento;
2- Dividi meu trabalho em dois momentos distintos: 50% do tempo para o desenho  e 50% para a redação de micro textos;
3- Trabalhei a composição de meu desenho escolhendo cuidadosamente o local para cada um dos elementos que seriam trabalhados, a fim de mostrar os diferentes aspectos que me encantavam de forma particular naquele local, a saber:
* Arquitetura
*Ambiente
* Cores locais
* Comida
* Possibilidade de se comprar doces naquela rua
* Data




Logo, esse tipo de croquis nos assegura sempre a possibilidade de nos lembrarmos sempre não apenas do local, mas do ambiente, das sensações e das circunstâncias particulares pelas quais passamos. Desta forma, tudo nos vem à memória como se fosse ontem.

O INTANGÍVEL

No desenho acima, podemos verificar todos os elementos que nos traduz aquilo que entendemos por intangível, a chuva, o céu, o frio, tudo isto, visto e sentido numa pequena poltrona do Café Odessa.
Quando houver necessidade de melhor descrever o momento vivido, nos apoiamos sobre  uma base composta de texto e desenho, como ocorreu na famosa MARCHE RÉPUBLICAINE, de 11 de janeiro de 2015.


Com diferentes técnicas, é possível, com muito pouco esforço, preencher todo o caderno de viagem, que   guardará mais do que meras imagens, mas situações vividas, emoções, impressões, ou seja, o local visto e compreendido por você, em toda sua objetividade sem deixar de lado a complexa subjetividade do seu autor.

RAFFUL, Ana
anarafful10@gmail.com


2 comentários:

  1. bárbaro...... uma viagem e tanto pelo olhar encantado.....

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  2. Seja muito bem vindo Rafful. Gostei muito do conceito do "Bounding Boxes", obrigado pelas explicações. Acredito que ilustra também alguns dos conceitos que explorei na minha postagem "Para que serve um diário gráfico? Parte 1".

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