30.10.16

Conheça os correspondentes: Eduardo Geraldes, de São Paulo-SP


Nascido e criado em São Paulo, as brincadeiras de desenhar sempre fizeram parte da infância, junto com o futebol no quintal de casa e as escapadas em carrinho de rolimã para descer as ladeiras da Vila Madalena, quando ainda era um bairro operário. Era lá onde ficava a escola estadual que fez parte da vida, no ensino fundamental e médio, que então eram ginasial e colegial.

O centro da cidade era um lugar especial. Muita gente, os edifícios imensos na perspectiva do moleque de 6 anos eram uma aventura nas caminhadas com meu pai, que por lá tinha um restaurante. “Isso é arquitetura”, dizia apontando para o edifício Copan, que mais tarde pude estudar no curso de arquitetura (FAU Mackenzie) de onde saí ainda nos anos 80.

Devidamente graduado, muita vontade e sonhos, em meio a uma crise econômica (mais uma!) que obrigava os recém arquitetos a encontrar alternativas e diversificar as atividades. Ao lado de pequenos projetos e da atividade docente , o desenho de ilustração e a execução de maquetes de arquitetura fizeram parte importante da vida durante mais de dez anos.



A possibilidade do mestrado e na sequência o doutoramento na USP e a carreira acadêmica não deixaram esquecer a paixão pelo traço, o desenho-desígnio-desejo, que agora encontrava eco nas aventuras teóricas, nas discussões sobre percepção ambiental, mapas mentais e trazem de volta Gordon Cullen, Kevin Lynch e o desenho como método de exploração do espaço urbano e da arquitetura… coisas que ficaram muito tempo por dizer, como dizia aquela musica, e que agora tinha a oportunidade de trazer com fundamento para as minhas aulas no curso de Arquitetura e Urbanismo…






E então era outubro de 2014 e a querida amiga Viviane Mendes me liga convidando pra uma manhã de desenho na FAU-USP com um grupo… um tal Urban Sketchers … ela não foi, mas la conheci o Eduardo Bajzec e o Fernando Simon, que veio de longe pro encontro. Gostei da brincadeira de desenferrujar os lápis, canetas e a velha aquarelinha Faber esquecida no fundo da gaveta…






E o que eu desconfiava ficou escancarado em Curitiba, nosso primeiro Encontro Nacional: um bando de trezentos apaixonados toma a cidade de lápis e pincéis em punho… cena inesquecível! Finalmente conheço pessoalmente aqueles que só existiam nas redes sociais e postagens de desenhos maravilhosos… os amigos agora são parte da vida e a paixão de desenhar diz que fica de vez! E a palavra é gratidão…
Então vamos desenhar, mostrando o mundo, um desenho de cada vez…

Edu Geraldes











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