SKETCHES EM PARIS - CADERNO DE VIAGEM
MEU MATERIAL
Caneta Noodlers Ahab Flex;
Caneta Lamy Gouchers;
Caneta Noodlers Neponset Music Nib;
Tintas Noodlers waterproof e J. Herbin;
Sakura Waterbrush;
Uma caixa de aquarela;
Sketch book S&B ou D&S
MEUS DESENHOS E MINHAS TÉCNICAS
Antes de entrar no avião, escolho uma técnica rápida para fazer um sketch de no máximo 20 (vinte minutos), sabendo que o tempo de espera será sempre pequeno. Assim sendo, faço um desenho bastante simples do contorno do avião e uso meu pincel para diluir a tinta, bem como para marcar as sombras. O texto que ilustra o desenho, normalmente é feito ao longo do trajeto.
OS PRIMEIROS DIAS EM PARIS
Passeando por um dos bairros mais charmosos e simpáticos de Paris: Montparnasse, encontrei, na Rue de Rennes, um lindo edifício, logo me instalei em um dos muitos cafés locais e comecei a desenhar com o material que tinha em mãos naquele momento.
Usei uma tinta cinza que se adaptou muito bem com as cores de minha aquarela.
O CONCEITO DE BOUNDING BOXES
Olhando meu desenho percebi que eu precisava captar muito mais de tudo aquilo que estava vendo e não simplesmente mostrar a conhecida e admirada arquitetura de Paris. Precisava acrescentar impressões e comentários pessoais, então refinei a técnica introduzindo o seguinte procedimento:
1- Observei o local atentamente para escolher os detalhes que seriam colocados nas imagens do meu sketche, a fim de melhor descrever o ambiente, naquele momento;
2- Dividi meu trabalho em dois momentos distintos: 50% do tempo para o desenho e 50% para a redação de micro textos;
3- Trabalhei a composição de meu desenho escolhendo cuidadosamente o local para cada um dos elementos que seriam trabalhados, a fim de mostrar os diferentes aspectos que me encantavam de forma particular naquele local, a saber:
* Arquitetura*Ambiente
* Cores locais
* Comida
* Possibilidade de se comprar doces naquela rua
* Data
Logo, esse tipo de croquis nos assegura sempre a possibilidade de nos lembrarmos sempre não apenas do local, mas do ambiente, das sensações e das circunstâncias particulares pelas quais passamos. Desta forma, tudo nos vem à memória como se fosse ontem.
No desenho acima, podemos verificar todos os elementos que nos traduz aquilo que entendemos por intangível, a chuva, o céu, o frio, tudo isto, visto e sentido numa pequena poltrona do Café Odessa.
Quando houver necessidade de melhor descrever o momento vivido, nos apoiamos sobre uma base composta de texto e desenho, como ocorreu na famosa MARCHE RÉPUBLICAINE, de 11 de janeiro de 2015.
Com diferentes técnicas, é possível, com muito pouco esforço, preencher todo o caderno de viagem, que guardará mais do que meras imagens, mas situações vividas, emoções, impressões, ou seja, o local visto e compreendido por você, em toda sua objetividade sem deixar de lado a complexa subjetividade do seu autor.
RAFFUL, Ana
anarafful10@gmail.com