18.12.13

Feira de Campina Grande (Paraíba)

A Feira de Campina Grande, cidade onde nasci, representa muito para mim.  Foi lá que tive o mais intenso contato com a chamada cultura regional.  Novinho, acompanhava minha mãe, Dona Severina (Biu para os mais chegados), que acordava nas madrugadas dos sábados para fazer a feira da semana e comprar os produtos fresquinhos.  Tudo parecia sonho, continua parecendo como vocês poderão ver no meu croqui da vendedora de flores. Minha companheira Lia Rossi disse que eu desenhei uma Feira tipo "francesa".
Para conhecer melhor a Feira visite https://www.facebook.com/feiradecampina?fref=ts





Na imagem capturei o motoqueiro entregador de flores pegando uma de suas muitas encomendas.




Desenhando ao lado do colega professor e designer Wellington Medeiros.



Esta passagem também foi a oportunidade de plantar uma semente da idéia do "Croquis Urbanos Campina Grande".  Ainda não germinou, porém acredito que o colega professor Wellington Medeiros deverá pensar num modo de fazer a idéia tomar forma.

3 comentários:

  1. Mestre, esta pintura me impressionou e marcou muito. Foi impactante vê-la ao vivo. Tanto que experimentei a mesma linguagem em alguns desenhos meus depois. Claro que ficaram totalmente diferentes. Olhar para este seu desenho da feira é algo indescritível. A cada movimento do olhar, capta-se uma textura diferente e acho que a feira deve ser assim. E agora lendo seu pequeno relato entendo mais um dado que soma-se a isto: as memórias afetivas. Este croqui não é composto apenas de aquarela, marcadores e nanquim. Nem apenas de frutas, motos e flores. Mas de idas com a mãe, cheiros, lembranças, histórias de família, passado, recordações. Eu acho que todo mundo guarda dentro de si uma feira de aquarela com acontecimentos superpostos. Adentrar uma feira é como mergulhar numa piscina de lembranças. Para mim também foi assim quando fomos à Praça 29 de Março. Sempre que puder, quero olhar para esta sua pintura. Sinto como se ela exalasse perfumes e cheiros. Gosto de decifrar elementos a cada novo olhar, definidos por silhuetas ou no negativo das fantásticas texturas. Quem sabe numas destas silhuetas ocultas, esteja o pequeno Marconi juvenil.

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  2. Obrigado Fabiano. Sem suas palavras o croquis ficaria incompleto. Uma revelação.

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