Sempre é bom viajar. É ótimo viajar e poder desenhar, não que não podemos desenhar em nossas cidades natais. Todas elas, certamente têm pontos interessantes, para podermos sentar em uma tarde modorrenta e fazer um belo desenho, mas as tarefas do dia a dia, acabam, muitas das vezes, impedindo de, durante a semana, de realizar um único desenho. Mas em viagem nos programamos para isto. Separamos os cadernos e estudamos a cidade que iremos, para podermos desenhar os lugares mais legais.
Mas a nossa obsessão, começa no caminho, como mostram muitas das minhas postagens e do Francisco Leocádio, de passageiros no ônibus e o desenho do aeroporto e do avião é um clichê, mas é absolutamente irresistível.
Interior do avião, indo para Maceió. A mancha vermelha era uma moça que foi "escondida" durante as três horas de vôo |
Chegando à Maceió, alugamos um carro, uma Grand Meriva de 07 lugares, para irmos até Penedo. Minha filha enjoou na última fileira e como ela estava na cadeirinha, acabamos trocando de lugar e pude ficar apreciando o mar e um céu sem tamanho entrar por um lado do carro, parar nos nossos olhos e sair, pelo outro lado, transbordando em uma plantação sem fim, de cana de açúcar.
Interior da Gran Meriva. |
Em Penedo ficamos hospedados em Manibu, um povoado afastado do centro de Penedo, uns quinze quilômetros. O ônibus chegava ao povoado às 6h00 e voltava ao meio dia e neste dia, havia queimada da palha, somando ao céu, uma palheta avermelhada por todo o horizonte.
Interior do ônibus Manibu - Penedo |
De Penedo fomos à Neopólis e a Santana de Ipanema, mais conhecida por Carrapicho, um centro de artesanato em Sergipe, atravessando de barco o grande e agora raso, Rio São Francisco, o rio da unidade nacional. O barco faz o trajeto contornando os bancos de areias, arrastando e arranhando o calado no fundo do rio.
Na volta para Maceió, tentei registrar o nervosismo da minha sogra, toda vez que o carro entrava em uma curva, um pouco mais acentuada. Ela sente um pavor enorme, por causa de um acidente anterior, e mesmo o meu sogro sendo motorista profissional, isto não a acalma. Aproveitei a última folha do moleskine e como o meu amigo Raro de Oliveira, até a contracapa precisar ser devidamente ocupada.
Interior da embarcação e parte do porto de Penedo |
Minha sogra e "eu" pelo retrovisor. |
Viajar é realmente muito bom. Para podermos ir, voltar e algumas vezes, para nos perdermos pelo caminho.
Preciso refazer este texto. Não citei a parte sobre a viagem de barco.
ResponderExcluirShow, parabéns pelo registro! Excelente.
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