14.2.17

VIAJAR


Sempre é bom viajar. É ótimo viajar e poder desenhar, não que não podemos desenhar em nossas cidades natais. Todas elas, certamente têm pontos interessantes, para podermos sentar em uma tarde modorrenta e fazer um belo desenho, mas as tarefas do dia a dia, acabam, muitas das vezes, impedindo de, durante a semana, de realizar um único desenho. Mas em viagem nos programamos para isto. Separamos os cadernos e estudamos a cidade que iremos, para podermos desenhar os lugares mais legais.

Mas a nossa obsessão, começa no caminho, como mostram muitas das minhas postagens e do Francisco Leocádio, de passageiros no ônibus e o desenho do aeroporto e do avião é um clichê, mas é absolutamente irresistível.
Interior do avião, indo para Maceió. A mancha vermelha era uma moça que foi "escondida"  durante as três horas de vôo

Chegando à Maceió, alugamos um carro, uma Grand Meriva de 07 lugares, para irmos até Penedo. Minha filha enjoou na última fileira e como ela estava na cadeirinha, acabamos trocando de lugar e pude ficar apreciando o mar e um céu sem tamanho entrar por um lado do carro, parar nos nossos olhos e sair, pelo outro lado, transbordando em uma plantação sem fim, de cana de açúcar.
Interior da Gran Meriva.

Em Penedo ficamos hospedados em Manibu, um povoado afastado do centro de Penedo, uns quinze quilômetros. O ônibus chegava ao povoado às 6h00 e voltava ao meio dia e neste dia, havia queimada da palha, somando ao céu, uma palheta avermelhada por todo o horizonte.
Interior do ônibus Manibu - Penedo

De Penedo fomos à Neopólis e a Santana de Ipanema, mais conhecida por Carrapicho, um centro de artesanato em Sergipe, atravessando de barco o grande e agora raso, Rio São Francisco, o rio da unidade nacional. O barco faz o trajeto contornando os bancos de areias, arrastando e arranhando o calado no fundo do rio.

Interior da embarcação e parte do porto de Penedo
Na volta para Maceió, tentei registrar o nervosismo da minha sogra, toda vez que o carro entrava em uma curva, um pouco mais acentuada. Ela sente um pavor enorme, por causa de um acidente anterior, e mesmo o meu sogro sendo motorista profissional, isto não a acalma. Aproveitei a última folha do moleskine e como o meu amigo Raro de Oliveira, até a contracapa precisar ser devidamente ocupada.
Minha sogra e "eu" pelo retrovisor.

Viajar é realmente muito bom. Para podermos ir, voltar e algumas vezes, para nos perdermos pelo caminho.

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