28.10.17

VIAGEM A SÃO PAULO

Quem mora na Baixada Santista (preferiria o termo Baixada PAULISTA) encara uma viagem de aproximadamente 70 km e que dura um pouco mais de uma hora e este movimento é tão frequente que igual a Ponte aérea São Paulo - Rio de Janeiro, existe a Ponte Rodoviária São Paulo - Santos, com várias empresas e horários contínuos de saída e chegada ao terminal do Jabaquara, ponto inicial da primeira linha do metrô Paulista. Então, quando um morador da baixada diz que vai à São Paulo é como mergulhar em um lugar de fantasia e de horrores, dependendo do ponto de vista, do horário da viagem e para qual lugar da grande devoradora de gente, ele está indo.
São Paulo é maravilhosa. São Paulo não perdoa. São Paulo é foda.


Minha última viagem à São Paulo ocorreu no dia 23 de outubro, uma segunda feira, para uma reunião da CHAPA 8 - NOVOS RUMOS, na qual participo para a tentativa de transformar; um pouco; a gestão do CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL. Nós arquitetos, temos eleição no próximo dia 31 de outubro, para renovarmos os conselhos estaduais e o federal. Fui preparado para encarar a viagem. 
Participo de um Clube do Livro, a convite do meu amigo e Sandy (Claúdio Bispo) Jr., e o livro do mês é QUARTO DE DESPEJO, de Carolina de Jesus (não é minha parente, o que é uma pena) escrito entre 1955 a 1960, em que diariamente ele descreve a rotina de sua vida e da favela do Canindé, a beira do Rio Tietê. Duro, triste e comovente e dois cadernos de desenhos.


Assim que entrei no ônibus, saquei o livro da bolsa, com a intenção de terminá-lo até chegar no Jabaquara. Ledo engano. O rapaz da cadeira ao lado dormiu e foi impossível não registrá-lo.

No Metrô, horário de rush, fiquei de pê, perfilado com um gigante ruivo, que me lembrou aquele personagem viking, de filme antigo da sessão da tarde. (papel fino é assim, revela o desenho do verso)

Na reunião, na Avenida Angélica, fui um dos primeiros a chegar e enquanto o pessoal ia chegando, se apresentando e discutindo sobre os rumos da campanha eleitoral, as questões jurídicas (a CHAPA 8  está impugnado por uma artimanha da situação) e como serão os últimos dias até a eleições, fui registrando aqueles que iam me chamando a atenção.



E como não ter a atenção voltada para os bigodes à Dali, do arquiteto Gerson Gomes

A ruiva (não anotei o nome dela) merecia um desenho melhor.


 O arquiteto e um dos coordenadores da Chapa 8, José Alfredo Queiroz dos Santos

O pessoal ouvindo as explicações e orientações do Carlos Alberto Pupo. Na volta para Cubatão, peguei uma carona com o Nelson de Lima Junior. Foi uma viagem muito produtiva e desta vez, não precisei lutar e não deixei nenhum pedaço de mim, em um dos muitos becos escuros de São Paulo.



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