5.6.18

Caderno de Viagem Brasil 2018 - Dia II

19.05.2018

1º dia do Encontro Internacional de Desenho de Rua integrado no Arte ao Centro Portugal - Brasil.

O António Bártolo foi o primeiro formador e o local e escolhido foi o Parque do Pinheirinho, na periferia da cidade de Araraquara. 

A partida de autocarro estava marcada para as 8h, pois aqui o sol nasce cedo e a vida da cidade também. O local de encontro foi o Palacete das Rosas, mesmo junto ao nosso hotel.
Enquanto esperava, saiu o primeiro desenho. Gosto particularmente destes desenhos inacabados - hora de partir.



Chegámos ao Parque, mas a receção não foi a melhor - começou a chover. No entanto, não desarmámos. Procuramos um abrigo e o António lá começou a espalhar magia, passando os seus ensinamentos. Nem o mini-ciclone que se formou mesmo junto ao parque demoveu os participantes.
Aproveitei para registar o momento - a concentração dos participantes e a performance do mestre.


Num segundo momento procurámos outro abrigo - uma pequena capela.


Perto da hora do almoço partimos para a Fazenda do Salto Grande. Para mim e para o António foi um regresso, pois já lá tínhamos estado em 2016. No entanto, a beleza da Fazenda e a comida que lá se serve, justificam muitas visitas. Aproveitei para registar uma das cozinheiras enquanto fazia uma das melhores muquecas do Brasil.


Da parte da tarde, o único compromisso que tínhamos era "desenhar o que quiséssemos". Lá fomos nós com essa "dura missão". Eu queria um enquadramento onde pudesse representar várias realidades sociais da fazenda - da esquerda para a direita temos o telheiro das alfaias agrícolas, a sanzala, a tulha do café e o terreiro, território dos escravos. Ao centro temos o casarão do senhor do café, que a partir da varanda da sua casa controlava tudo o que se passava na fazenda. 


Ao final do dia, antes da inauguração da exposição "Torres Vedras em Araraquara", eu, o António, o Pedro e o Simon fomos à procura de uma lanchonete para comer, porque isto de desenhar também cansa (e abre o apetite). O Simon é mesmo esse que estão a pensar, Simon Taylor de Curitiba, ou de Torres Vedras, pois ele já não sabe bem... O Simon fez 12h de ônibus só para se juntar a nós e ainda bem que o fez (obrigado Simon).
Aproveitei sempre estes momentos mais descontraídos para treinar o desenho de pessoas, mas sobretudo para registar o momento.






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