21.7.19

Brejo e Barra: História, relatos e registros de uma semana de férias

Foto de Amíria Brasil

As férias de julho foram rápidas. 10 dias. Então resolvemos fazer duas viagens rápidas pelas proximidades. Escolhemos dois lugares bem distintos sob o ponto de vista da geografia, mas que apresentam proximidades com relação ao acolhimento dos que "são de fora". E não tem quem não sai com uma boa impressão desse povo acolhedor que é o Nordestino (com "N" maiúsculo mesmo).

Primeiro fomos ao Brejo Paraibano. Uma região que é marcada por uma bela paisagem vinculada à atividade canavieira, cujos engenhos e um conjunto de médias e pequenas cidades marcam a paisagem. Fizemos nossa base de hospedagem na cidade de Areia, núcleo urbano tombado em nível federal pelo IPHAN, e que apresenta ima implantação marcante, com ocupação inicial seguindo a linha de cumeada, e com expansões em forma "tentacular". De Areia - terra do pintor Pedro Américo - fiz o registro do casarão de José Rufino, um belo exemplar de arquitetura colonial.


Fizemos uma breve visita à cidade de Alagoa Grande, terra de Jackson do Pandeiro, uma grande referência musical brasileira. A cidade está em comemoração pelos 100 anos do seu filho mais conhecido, morto em 1982.
Em Alagoa Grande fiz um desenho que enquadra a igreja Matriz, visto do Teatro Santa Ignez, outro exemplar de referência da arquitetura da cidade.


Resolvemos almoçar no restaurante do Engenho Volúpia. O engenho ainda apresenta produção considerável de cachaça, inclusive tendo sua cachaça já sido reconhecida nacional e internacionalmente. A produção ocorre seguindo os seguintes períodos: de setembro a fevereiro ocorre a moagem, e de março a agosto o replantio. À mesa, comemos uma saborosa tilápia, acompanhada de feijão verde e macaxeira cozida. Maravilha!

E ainda deu tempo de um breve descanso e de um registro na rede da varanda!


No caminho de volta a Natal, passamos rapidamente pela cidade de Bananeiras e fiz um registro das imediações da Igreja Matriz. Quando passamos em visita anterior no primeiro semestre de 2018, o casarão em amarelo, no lado esquerdo do desenho, estava em processo de restauro. Atualmente funciona um restaurante. Infelizmente não pudemos experienciar o espaço {sob o ponto de vista gastronômico e com relação à intervenção propriamente dita) pelo fato de que o dito só funciona de quinta a domingo, e estávamos na quarta. Fica para a próxima!




A segunda viagem ocorreu para a praia de Barra do Cunhaú, um lugar com uma bela paisagem e ótima gastronomia, baseada em prato que têm os peixes e o camarão como carros-chefe.
A localizada também é marcada por uma arquitetura predominantemente popular.
Em Barra do Cunhaú, fiz 3 desenhos: 2 deles registrados a partir da varanda da casa que ficamos hospedados (choveu vigorosamente no dia que chegamos, o que nos impossibilitou de percorrer a área).



Quando a chuva deu uma trégua, percorremos trecho da barra do rio, e almoçamos um a saborosa cioba frita, na barraca do Manoel, um simpático senhor que nos atendeu como fôssemos grandes amigo dele.


No caminho de volta a Natal, visitamos Vila Flor, um antigo aldeamento indígena em que se localiza a igreja de Nossa Senhora do Desterro, e que depois foi incorporado o edifício da Casa de Câmara e Cadeia, no lado oposto ´`a Igreja. O edifício da Casa de Câmara e Cadeia é tombado em nível federal. Infelizmente o que constatamos foi uma falta de manutenção / conservação do referido edifício. E mesmo a praça, apesar de apresentar um tratamento paisagístico agradável, está "tomada" por construções temporárias e até permanentes no espaço da grande esplanada, comprometendo a leitura do que foi anteriormente o aldeamento.




Ainda passamos para visitar a capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, região marcada também pela presença do Santuário dos Mártires do Cunhaú, que é uma referência na história da luta contra os holandeses. Os mártires foram canonizados em 2017, pelo Papa Francisco.


E para finalizar, paramos para almoçar em um simpático restaurante localizado na antiga estação Papary (vila que passou a se chamar Nísia Floresta posteriormente). No cardápio um prato chamado "Camarão à Flavinha" servido no coco partido, e acompanhado de arroz e pirão. Para acompanhar a comida e para comemorar estas férias pequenas mas super bem aproveitadas, resolvi pedir uma caipirinha. Tudo delicioso!



As viagens foram um estímulo para se voltar bem, animado e pronto para os dias de trabalho!

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