Foto de Amíria Brasil
As férias de julho foram rápidas. 10 dias. Então resolvemos fazer duas viagens rápidas pelas proximidades. Escolhemos dois lugares bem distintos sob o ponto de vista da geografia, mas que apresentam proximidades com relação ao acolhimento dos que "são de fora". E não tem quem não sai com uma boa impressão desse povo acolhedor que é o Nordestino (com "N" maiúsculo mesmo).
Primeiro fomos ao Brejo Paraibano. Uma região que é marcada por uma bela paisagem vinculada à atividade canavieira, cujos engenhos e um conjunto de médias e pequenas cidades marcam a paisagem. Fizemos nossa base de hospedagem na cidade de Areia, núcleo urbano tombado em nível federal pelo IPHAN, e que apresenta ima implantação marcante, com ocupação inicial seguindo a linha de cumeada, e com expansões em forma "tentacular". De Areia - terra do pintor Pedro Américo - fiz o registro do casarão de José Rufino, um belo exemplar de arquitetura colonial.
Fizemos uma breve visita à cidade de Alagoa Grande, terra de Jackson do Pandeiro, uma grande referência musical brasileira. A cidade está em comemoração pelos 100 anos do seu filho mais conhecido, morto em 1982.
Em Alagoa Grande fiz um desenho que enquadra a igreja Matriz, visto do Teatro Santa Ignez, outro exemplar de referência da arquitetura da cidade.
Resolvemos almoçar no restaurante do Engenho Volúpia. O engenho ainda apresenta produção considerável de cachaça, inclusive tendo sua cachaça já sido reconhecida nacional e internacionalmente. A produção ocorre seguindo os seguintes períodos: de setembro a fevereiro ocorre a moagem, e de março a agosto o replantio. À mesa, comemos uma saborosa tilápia, acompanhada de feijão verde e macaxeira cozida. Maravilha!
E ainda deu tempo de um breve descanso e de um registro na rede da varanda!
No caminho de volta a Natal, passamos rapidamente pela cidade de Bananeiras e fiz um registro das imediações da Igreja Matriz. Quando passamos em visita anterior no primeiro semestre de 2018, o casarão em amarelo, no lado esquerdo do desenho, estava em processo de restauro. Atualmente funciona um restaurante. Infelizmente não pudemos experienciar o espaço {sob o ponto de vista gastronômico e com relação à intervenção propriamente dita) pelo fato de que o dito só funciona de quinta a domingo, e estávamos na quarta. Fica para a próxima!
A segunda viagem ocorreu para a praia de Barra do Cunhaú, um lugar com uma bela paisagem e ótima gastronomia, baseada em prato que têm os peixes e o camarão como carros-chefe.
A localizada também é marcada por uma arquitetura predominantemente popular.
Em Barra do Cunhaú, fiz 3 desenhos: 2 deles registrados a partir da varanda da casa que ficamos hospedados (choveu vigorosamente no dia que chegamos, o que nos impossibilitou de percorrer a área).
Quando a chuva deu uma trégua, percorremos trecho da barra do rio, e almoçamos um a saborosa cioba frita, na barraca do Manoel, um simpático senhor que nos atendeu como fôssemos grandes amigo dele.
No caminho de volta a Natal, visitamos Vila Flor, um antigo aldeamento indígena em que se localiza a igreja de Nossa Senhora do Desterro, e que depois foi incorporado o edifício da Casa de Câmara e Cadeia, no lado oposto ´`a Igreja. O edifício da Casa de Câmara e Cadeia é tombado em nível federal. Infelizmente o que constatamos foi uma falta de manutenção / conservação do referido edifício. E mesmo a praça, apesar de apresentar um tratamento paisagístico agradável, está "tomada" por construções temporárias e até permanentes no espaço da grande esplanada, comprometendo a leitura do que foi anteriormente o aldeamento.
Ainda passamos para visitar a capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, região marcada também pela presença do Santuário dos Mártires do Cunhaú, que é uma referência na história da luta contra os holandeses. Os mártires foram canonizados em 2017, pelo Papa Francisco.
E para finalizar, paramos para almoçar em um simpático restaurante localizado na antiga estação Papary (vila que passou a se chamar Nísia Floresta posteriormente). No cardápio um prato chamado "Camarão à Flavinha" servido no coco partido, e acompanhado de arroz e pirão. Para acompanhar a comida e para comemorar estas férias pequenas mas super bem aproveitadas, resolvi pedir uma caipirinha. Tudo delicioso!
As viagens foram um estímulo para se voltar bem, animado e pronto para os dias de trabalho!
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