No primeiro encontro do seminário realizamos uma atividade de leitura da cidade em sua totalidade, que só foi possível pelo fato de estar ocorrendo na cidade uma a Mostra Laboratório Participativo De Fora Adentro- A Cidade e Seus Sentidos, idealizado e executado pelo antropólogo e artista multimídia Maurício Panella. Esta mostra teve como suporte um "mapa gigante" da cidade, impresso em 2006 para ser apresentado no Encontro da SBPC que ocorreu naquele ano em Natal. Neste ano de 2016, o mapa voltou a ser suporte para atividades vinculadas à referida mostra.
Ao conceber a metodologia do seminário, resolvi incluir uma atividade no mapa, para que os participantes tivessem uma visão "macro" da cidade, para podermos ir na atividade, fazendo as leituras a partir da transição entre escalas: do macro para o micro. Nesse sentido, as atividades foram definidas na perspectiva de articulação trans-escalar:
1. 1. Visita ao “mapa gigante”: exposição “DeForaaDentro”,
para se ter uma visão macro sobre a cidade do Natal e para serem selecionadas
as áreas da cidade que serão trabalhadas na escala micro, a partir da
construção de narrativas e utilização do caderno gráfico como suporte para
estas narrativas;
2. 2. Atividade do
“perder-se na cidade - narrativas da
microescala”. Serão visitadas três áreas, em um primeiro momento coletivamente
e posteriormente deverão ser realizadas outras visitas – a cargo de cada um dos
discentes - aos locais selecionados, de modo a ampliar o quadro narrativo de
cada um;
3. 3. Serão definidas datas para a partilha das
narrativas realizadas, tendo o caderno gráfico como suporte para estas
narrativas.
N
NA primeira área escolhida foi um trecho do Bairro Nova Descoberta, que apresenta uma situação com um nível de complexidade que instiga boas discussões. A área é praticamente delimitada de um lado por uma região em que predominam as construções em adensamento vertical (corredor da Av. Salgado Filho, uma das principais vias de articulação da cidade), e de outro a reserva do Parque das Dunas (o morro, como é popularmente conhecida a reserva).
No percurso realizado, procuramos priorizar a proximidade do morro, para identificarmos as relações entre este marco da paisagem e o espaço construído. No entanto, pudemos também fazer relações também com a área adensada, com as tipologias (urbanas e arquitetônicas) encontradas no percurso, com os espaços simbólicos, com as apropriações dos espaços realizados pela prática cotidiana.
Seguem os meus registros, realizados no meu "sketchbook" preferido, o meu livro.
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