25.6.19

IV ENCONTRO USK BRASIL OURO PRETO 2019: horizontes, caminhos, janelas (e botecos)

Ainda estou de ressaca da explosão que foi o IV Encontro USK Brasil, em Ouro Preto, que ocorreu entre os dias 20 e 23 de junho.

Para mim, além de poder mais uma vez dividir os lugares das cidades com essa família que são os desenhadores de rua do Brasil, pude também ampliar o quadro de registros desta cidade que é uma das maiores referências de cidade colonial e do barroco brasileiro, Por isso, o meu olhar não deixou de lado a construção desse quadro de registros: entre panorâmicas, percursos pelas vias tendo em vista a construção de uma série de imagens sequenciais, janelas visuais, arquitetura religiosa e civil. E é claro que bos parte destes registros estarão em minhas aulas.

Levei três cadernos, que já tinham alguns registros (dentre eles, desenhos do 3º encontro em Salvador; desenhos do projeto Cidade Alta Desenhada; desenhos de Portugal). Não consigo ser organizado de forma a destinar um caderno para cada atividade. Por isso tá tudo junto e misturado.

De todo modo, farei uma divisão dos desenhos nessa postagem, por caderno:

O primeiro é o panorâmico 30 x 13 cm, papel branco 180 g/m2. No caso, prevalecem os desenhos em escala panorâmica, evidenciando as relações entre o todo (cidade) e as partes (monumentos, ruas largos e praças, conjunto edificado).














no segundo caderno, um A5 branco, papel 160 g/m2, os registros contemplam janelas visuais,  percursos com visão serial e até detalhes, que complementam as imagens panorâmicas realizadas no caderno anterior.








O terceiro caderno é um NOIR, A5, 150 g/m2 e fiz os registros com caneta gel prata. Os desenhos também se reportam mais aos objetos arquitetônicos (visões externas e internas).







E não poderia deixar de postar alguns desenhos realizados em restaurantes, bares e botecos, uma grande marca da Minas Gerais. Nesse caso, aproveitei a ida a BH e, antes de ir ao aeroporto, passei pela Cantina do Lucas e tratei de registrar este espaço tradicional da gastronomia e da cultura mineira (lembro aqui que este lugar é referência com espaço de encontro do Clube da Esquina).



Por falar em Clube da Esquina, finalizo com uma letra de uma música, que para mim identifica muito o que vem a ser a mineiridade.

Clube da Esquina II
Flávio Venturini

Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, aço, aço....

Porque se chamava homem
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases
lacrimogênios
Ficam calmos, calmos, calmos

E lá se vai mais um dia

E basta contar compasso
e basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração
Na curva de um rio, rio...

E lá se vai mais um dia

E o Rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente,
gente, gente...


Que não nos deixemos os nossos sonhos envelhecerem!

E que venha o RIO2020!

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