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3.5.17

Sketch X Carros - O conflito

Desenhar ou não os carros da cena? Eis a questão. Eu mesmo convivo com esse conflito do mundo dos sketchers. Claro que podemos eliminá-los simplesmente, omití-los, fazer de conta que não estão ali. Se eles não são objeto de nosso desenho, vale tudo. Mas assim como os postes e fios, pessoas e o mobiliário urbano, eles podem ajudar a contar a história daquele momento.

Depois de passar raiva em alguns dos meus desenhos que foram por água abaixo depois de colocar um carro na paisagem, costumo torná-los invisíveis. Tem pouco tempo que obtive alguma harmonia entre arquitetura e veículos, apesar do insucesso ainda estar muito presente.

Há sketchers famosos por seus desenhos de veículos. O Flávio Ricardo, Fede Tessa, Fabien Denoel, Lapin, Jenny Adam, Nina Johansson, o falecido Florian Afflerbach e muitos outros que fazem isso parecer uma tarefa simples. Mas não é. Desenhos muito legais podem perder toda sua graça pela presença de um desenho de veículo que não está a altura do restante da cena.

Tenho buscado uma simplicação que me agrade, e nessa busca tenho envelhecido os carros, rs. Antes eu dizia que "todos os meus carros eram fuscas". Mas agora digo "todos meus carros são velhos". O Fabiano Vianna diz que só fica bonito no desenho aquilo que o design do costume já aprovou - um barco de pesca tradicional fica melhor do que uma lancha, um fusca antigo que um carro do último tipo. Então, seguindo essa lógica, envelheço os carros.

Como quase nunca são elementos principais das minhas cenas, faço com um traço bem despojado, mais verticalizando, ou seja, deixo eles mais altos, comos carros antigos, e rodas menores meio aquadradadas (se existe essa palavra), como os desenhos das crianças. O restante vem de uma sombra horizontal no meio do carro para marcar a vinco da lataria. No máximo um detalhe na transparência do vidro, a placa, o formato do farol. Não acerto sempre, claro, mas desse jeito tenho conseguido escapar da praga do carro, ops, da maldição do carro que estraga o desenho.

Nesse primeiro de maio saí pra dar uma esticada e tentei fazer um desenho, que pelo tempo e a complexidade ficou uma M. Resolvi esconder esse resultado pífio com alguns estudos de carro e aí abaixo vai o resultado desse processo. Carrinhos modernos com jeitão de bem usados.





7.6.12

Tapetes de Corpus Christi

Acordei cedo.
Fui tomar o chimarrão na sacada.
Frio de 6 graus.
Lá fora estavam a fazer os tapetes de rua.
Fiquei surpreso pois, há alguns anos tinham sido dubstituídos por tiras de plástico ou de papel ladeadas por cobertores embalados em plástico.
Retomaram a tradição.
Crianças, pais e avós, todos utilizando gabaritos de madeira que serão preenchidos com serragem ou areia colorida formando padrões geométricos.
Vizinhos competem discretamente na feitura dos tapetes. Qual será o mais bonito?
Esta atividade é uma expressão cultural centenária em Tubarão, cidade onde são muito importantes os valores religiosos.
Saí para rua com caneta,sketchbook,pincel dágua e caixinha de aquarelas.
Sentei no meio fio e tracei este dois sketches.
Devido ao frio e à posição, atacou novamente o ciático.
Tambem tracei alguns padrões.
Dia frio, luminoso e alegre.
Um abraço para todos.