24.7.15

Do pontilhismo de Seurat às aquarelas do cotidiano


Neste final de semana voltamos ao Jardim Botânico – um parque solarizado e colorido de flores. Turistas, músicos, curtidores, atletas, namorados, pais, vikings [!]. Verdadeiro desfile de estampas e objetos habituais. Bonés, bolsas, tênis, carrinhos de bebês, bolas, celulares, bicicletas, moletons.
O costume parece o mesmo da época dos brothers impressionistas Seurat, Renoir, Monet, Degas – preencher os gramados, entre as árvores, sentar na grama, conversar com amigos, contemplar a luminosidade dos lagos e desenhar.
Pitoresco imaginar os impressionistas desenhando incólumes entre os citadinos, pintando quadros que se transformaram no registro mais potente de uma época. Potentes porque preservam, dentro de cada imagem estática, milhares de cenas não fotografadas.  E o mais irônico disso tudo é que o pontilhismo de Georges Seurat inspirou a criação da televisão, prensa e imagens digitais mais tarde.
Avante novos impressionistas!!

(Fabiano Vianna, 19/07/15)

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