“Laptop de arquiteto é guardanapo
de boteco”.
Sylvio Eimrich de Podestà
GANHEI O MUNDO é um um livro ou
SketchBook? O leitor saberá escolher. Parece saído de alguma gráfica
antiquíssima, daquelas que só trabalham com edições artesanais. Edição
delicada, de bolso, rápida, sincera e recheadas de desenhos e mais desenhos. Papel
craft e páginas amarelas, cheiro de dezenas de viagens... já sinto a saudade do
futuro quando as mesmas estiverem ainda mais amareladas sob a pátina do tempo. O staff e pessoal da Caravela
Selo Cultural e a Offset Gráfica Editora estão de parabéns. E, com certeza, adiciono
os elogios ao minimalismo da Designer Alice Rosa.
Mas o autor, foi sensacional com
seus textos, desenhos, viagens e sensibilidade.
É uma delícia viajar através dos
desenhos de Jota Clewton. Croquis urbanos, urban sketching, desenhos de rua, de
locação, traços “in loco”. Folheio e (re)folheio, os fólios de passagem e, somos
transferidos de cidade em cidade, ganhando o mundo, desenho a desenho. O
aparente caos da organização não é geográfico, não é temático, não é por
categoria, nem é por nada acadêmico... é uma viagem após a outra. São tantas “Cidades Invisíveis” que ali estão, e trazidas à tona pelos
belíssimos croquis – Sobral e outras cidades do Estado do Ceará, de sua Tese de
Doutoramento; os canais de Veneza; Viçosa; as igrejas e o tecido urbano barroco
de Salvador, Ouro Preto, São João Del Rey; Barbalha; a Barcelona de Gaudi; Acarí;
João Pessoa; Paris; São Paulo; Florença;
Nova Almeida; Lisboa; Fortaleza; Rio de Janeiro; Cachoeira e São Felix; Porto;
Sintra; Arez; o Alhambra; e; evidentemente, a bela Natal e ao Rio Grande do
Norte que o acolheu.
Nanquim, hidrográficas, boas
cachaças, penas, grafites, olhares, e tudo o mais que é tudo de bom em
estar em companhia desenhando com este Grande Mestre estão aí presentes.
Agora eu abro o livro ao acaso, e
já voltei e redesenhei em muitos dos cenários desenhados por JC. Lembro e (re)lembro,
(re)lembro e nos dá aquela boa sensação de querer desenhar compulsivamente e
não mais parar. É o amor a isso de desenhar e conhecer o mundo desenhando.
Viajar, navegar, e desenhar é
preciso.
“Ganhei o Mundo” não abre concessões...
é croquis urbanos na veia. Sem enfeites, churumelas ou acréscimos de lindeza.
Vivência, experiência e “desenhência” são onipresentes em suas sedutoras
páginas.
Com certeza o prezado leitor, ao
saborear estas páginas... entenderá que “Ganhei o Mundo” reside seus textos, palavras, desenhos, na mais pura acepção Urban Skecthers do “Viver o mundo, desenho a
desenho”.
Eis um convite a ganhar, desenhando, esse mundo sem porteiras...
Como repete o autor, como em um mantra nordestino cosmopolita: "(AR)RISQUE"!.
André Lissonger
Belas e contagiantes palavras. Vou comprar logo a minha cópia.
ResponderExcluirParabéns companheiro Jota Clewton.
Inauguramos um nova categoria de blogagem: resenha?
Com certeza Marconi!!! Lindos são mesmos os desenhos!
ExcluirAndré e Marconi, este "sketchbook" já estava em meu pensamento há algum tempo!. E agora, não deixo de ler e (re)ler estas tocantes palavras do mestre André! Fica o convite: que continuemos a sorver essa "cachaça"! Abraços!
ExcluirComprarei com certeza, o meu exemplar hoje no lançamento, na Universidade de Fortaleza - Unifor.
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