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18.8.18

Desenhando Arequipa *Sketchbooks Peru*


Um Diário Gráfico de Viagens na cidade e região de Arequipa / Peru.
Parte integrantes dos meus cadernos de desenhos concluídos no Peru.
Desenhos e aquarelas realizados no período entre Dezembro 2017 e Janeiro de 2018.
Técnicas: hidrográficas Staedler e Micron e aquarela Winsor & Newton.
Papéis avulsos de 425gr/m2 da Hannemule, adquiridos na Dina Shop, Mogi das Cruzes/SP.  
Encadernação da Baobá Cadernos, Salvador/BA.






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Amanhecer no saguão de embarque do Aeroporto de Guarulhos/SP.
Conexão Salvador-São Paulo-Lima. Diário gráfico de Arequipa-Peru, contra capa e página 1.



Um belo castillo e uma vista do cruzamento da Misti com León Velarde, barrio Yanahuara. Limite da zona de preservação patrimonial. Um belo exemplar eclético de influência mourisca que ainda é comum na ocupação de Arequipa além do Rio Chili. Vamos torcer que a especulação imobiliária não destrua tão belos exemplares. Diário gráfico de Arequipa-Peru, páginas 2 e 3.



Catedral de ArequipaEsquerda, vista enquadrada pelo arco de acesso lateral, com detalhes das pedras vulcanicas #sillar e dos portales da Plaza de Armas. Direita, um rabisco rápido do púlpito no interior e de uma das torres com os vulcões Pichu Pichu ao fundo. Diário gráfico de Arequipa-Peru, páginas 4 e 5.



Catedral de Arequipa - Peru. Acima, vista da paisagem arequipenha desde os terraços da Catedral... os vulcões Chachania e El Misti. Abaixo, fachada desenhada desde a cevicheria das galerias superiores dos portales da Plaza de Armas. Diário gráfico de Arequipa-Peru, páginas 6 e 7.



Claustros e Missa da Iglesia da Compañia de JesusArequipa - Peru. Esquerda, visão serial dos claustros 1. Acesso com portada detalhada em sillar; 2. Passagem íntima ao primeiro claustro; 3. Claustro; 4. Acesso ao segundo claustro e 5. Interior da portada em sillar e tijolos maciços. (Continua em outra página). Direita, altar com missa na Iglesia. Diários deArequipa - Peru, pp. 8-9.



Vistas de um terraço. Esquerda, paisagem do conjunto de vulcões Chachania e El Misti, desde o terraço de um café. Direita, uma das torres da Catedral e alguns sketches da Inca Kola. Diários de Arequipa - Peru, páginas 10 e 11.



Capela de San VicenteArequipa - Peru. Fachada da capelinha, tentando representar, sua pequena e admirável cúpula, seus detalhes e técnica construtiva em sillar. Desenho realizado no muito festejado Dia de Navidad para os peruanos, em meio à Missa mais frequentada pela querida Abuelita Clemência. Diários de Arequipa - Peru, páginas 11 e 12.



Mirador de Yanahuara. Vista da imponente geografia com os vulcões Chachania, El Misti (ainda ativo e provocando tremores de tempos em tempos na região) e o conjunto de vulcões Pichu Pichu. E outras anotações sobre a implantação da Plaza e Mirador de Yanahuara. Diários de Arequipa - Peru, páginas 13 e 14.



Cores e pessoas em Arequipa. Esquerda e direita, breves estudos de figuras e cores encontradas pelas ruas e dentro de alguns edifícios de Arequipa. Direita, cerveja cusqueña e abaixo a modenatura em pedra sillar do pátio interno da Prefeitura na Plaza de Armas. Diários de Arequipa - Peru, páginas 15 e 16.



Claustros e fachada da Iglesia da Compañia de Jesus. Esquerda, visão serial dos claustros (parte 2). 6. Segundo claustro em galeria ; 7. Passagem íntima ao acesso externo do terceiro claustro; 8. Rua interna de acesso ao terceiro claustro; 9. Perspectiva central do claustro. (Continuação da página oito). Direita, fachada da igreja em sillar. Diários de Arequipa - Peru, páginas 17-18.


Vale do Rio Chili. Acima, visão do Vale do Rio Chili, os campos de cultivo, os vulcões Chachania e El Misti desde o Mirador de Carmen Alto. Abaixo, a Iglesia de Yanahuara em pedra sillar. Diários de Arequipa - Peru, páginas 19-20.



Campiña Arequipeña - Peru. Contrastes! Sessão da cordilheira ocupada espontaneamente por milhares de casitas (em sillar, concreto, etc) e vista do Vale da Campiña Arequipeña desde os jardins floridos da Casa Do Fundador, sua mansão sede de um enorme latifúndio de terras cultiváveis. Diários de Arequipa - Peru. Páginas 21 e 22.



Molino de Sabandia. Campiña Arequipeña - Peru. Moinho de farinha construído no inicio do século XVII (1621, circa) em pedra sillar, pelo Mestre de Arquitetura e Cantaria Francisco Flores. Acima, uma vista de sua implantação em meio à topografia, cachoeiras e riachos. Um lugar encantador, no sentido mágico da palavra. Abaixo, uma seção esquemática do escalonamento e da coleta das águas das nascentes das montanhas, seu atravessamento pelo município de Sabandia até passar pelos mecanismos que permitem realizar a moagem dos grãos e, enfim, chegar às campiñas e permitir o cultivo. Diários de Arequipa - Peru. Páginas 23 e 24.



Monasterio de Santa CatalinaEsquerda, vistas das calles Málaga e Cordoba na incrível cidadela que é o Monastério de Santa Catalina. Uma grande cidade #terracota e #azul, amurada, dentro da #ciudadblanca que é Arequipa. Direita, fragmentos da "cela" de uma das freiras que aí habitava: acesso pelo Claustro de los Naranjos; vista superior do "quintal azul"; nicho de santos com catecismo; nicho com a pequena cama devido à pequena altura da freira; aspecto da cozinha com forno. Diários de Arequipa - Peru. Páginas 25 e 26.



Monasterio de Santa Catalina II. Esquerda, vistas da calle Toledo na incrível cidadela que é o Monastério de Santa Catalina. Uma grande cidade #terracota e #azul, amurada, dentro da #ciudadblanca que é Arequipa. Ao centro um detalhe do pátio interno e azul de uma das casitas. Direita, fragmentos das ruas e de casas da calle Sevilla. Aspecto interno da casa de uma freira, com nicho de leito, armários e calha de drenagem no piso. Diários de Arequipa - Peru. Páginas 27 e 28.



Monasterio de Santa Catalina III. Esquerda, cafeteria (onde se encontra a cerveja mais gelada do Peru!) e lavanderia do Monastério de Santa Catalina. Uma grande cidade #terracota#azul, amurada, dentro da #ciudadblanca que é Arequipa. Direita, fragmentos das ruas e casas da Calle Granada. Diários de Arequipa - Peru. Páginas 29 e 30.



Monasterio de Santa Catalina IV. Acima, corte esquemático longitudinal através dos seis espaços abobadados da Grande Cozinha do Monastério de Santa Catalina. Uma grande cidade #terracota, amurada, dentro da #ciudadblanca que é Arequipa. A grande cozinha do século XVII ocupou a primeira capela do mosteiro, e, no seu auge, apresentava despensa, padaria, fornos, produção de doces e biscoitos... na direita, vão com poço. A produção das freiras doceiras é reconhecida e famosa até os dias de hoje no Peru. Abaixo à direita, outro corte esquemático nas arcadas do Claustro de los Naranjos enquadrando a Calle Granada, ainda também seccionando o confessionário da Iglesia de Santa Catalina (esse último um sketch feito desde o coro). Ao fundo, teto, chaminés da Grande Cocina e o vulcão El Misti. Diários de Arequipa - Peru. Páginas 31 e 32.



Tambos e Mercado San Camilo. Esquerda, corte esquemático na Calle Bolognese com os tambos La Cabezona e Del Solar. Direita, setor dos sucos no Mercado San Camilo. Diários de Arequipa - Peru. Páginas 33 e 34.



Portales da Plaza de Armas. Arequipa - Peru. Esquerda, vistas dos portales da Plaza de Armas. Direita, mais uns rabiscos rápidos de.uma das torres da Catedral tal como vista das arcadas dos portales. Diário gráfico de Arequipa-Peru, páginas 35 e 36.



Picantería Nueva Palomino. Barrio Yanahuara. Utensílios de cozinha e ingredientes da típica culinária arequipeña. Almoço de despedida. Diário gráfico de Arequipa-Peru, páginas 37 e 38.

4.5.17

Largo de Santana


#68 Encontro Urban Sketchers Salvador


Croquizeiros: Leandro, Augusto, Alejandra, André, Nei e Pedro.


Fim de tarde no bairro do Rio Vermelho. Acarajé da Dinha, feira de artesanato, sorveteria Mondo, tradicionais bares, o movimento começa aumentar no Largo. Em um clima super agradável, os croquizeiros de Salvador avançam pela noite e desenham o movimento constante do bairro. 

Presença especial do sketcher Peu Melo!



Croqui da Igreja de Santana. Testando marcadores da Sinoart.



Sketchers no Rio Vermelho                                                                                                        Sorvete artesanal Mondo. Delicioso!



Croqui e aquarela André Lissonger


Nesse mesmo dia fui presenteada pelo André com um kit da Sinoart Marker, marcadores em tons de cinza. Acabei resolvendo testar no croqui e gostei do resultado. Os marcadores são bem leves e as duas pontas em uma única caneta facilita muito croquis em escalas distintas, sendo um lado mais fino com a ponta redonda para desenhos detalhados e o outro lado chanfrado para preenchimento de grandes áreas.


Marcadores Sinoart tons de cinza.

25.3.17

#4 Sketch Cova em Salvador/BA

É uma postagem com conteúdo antigo... mas é digna de registro. No episódio do Dia de Finados do ano passado (2016), os Urban Sketchers Salvador decidiram desenhar o Complexo Cemiterial de Baixa de Quintas (constituído de quatro cemitérios distintos, incluindo o judaico). Foi um encontro bastante interessante, em especial se tratando de um cemitério de larga escala urbana, mas de classe econômica mais humilde.

O acesso ao Cemitério se dá por uma praça bastante arborizada e arrematada com a capela principal... mas a ambiência das gavetas (em carneiras) reforça o carater fúnebre. Este foi o último desenho do dia:

Cemitério de Baixa de Quintas . Aguada com Payne,s Gray de aquarela Winsor & Newton

Mas desenhamos primeiro a região com as covas de sepulturas em terras na direção oeste e a velha ruína da Bolsa de Caridade... com o panorama da cidade ao fundo.




Flyer do evento



11.10.16

A casa das "folhas que tiram o mal olhado"

Sketch da casa da Rezadeira do santo Antônio Além do Carmo.

Um registro realizado no #58 Encontro dos Urban Sketchers Salvador. Acompanha abaixo, uma interessante matéria sobre a Sra. Rezadeira, publicada em um periódico baiano.




Folhas que tiram o mal olhado
Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/2009/10/26/folhas-que-tiram-o-mau-olhado.

Com um jeito simples, um lenço amarrado na cabeça e galhos de folhas nas mãos, a interiorana Judite Veloso Gama, 73 anos segue o ofício diário de rezadeira, uma tradição secular que resiste nos recantos da Bahia. No Largo de Santo Antônio Além do Carmo todos a conhecem pelas rezas com ervas que curam moléstias e libertam do mau olhado. A rezadeira de Cachoeira que há 58 anos mora na capital, é uma das poucas benzedeiras que restam em Salvador. Na terra do sincretismo religioso, elas ainda são parte integrante da cultura popular, tanto quanto as manifestações ao Senhor do Bonfim e a Iemanjá. Em pequenas cidades do interior, muitas senhoras ainda difundem o poder de antigas orações aliadas a uma variedade de ervas.

“Com três te botaram, com dois eu te tiro com o poder de Deus e da Virgem Maria”. O verso da reza acompanhado com os benzidos de folha já é conhecido entre os frequentadores que chegam a humilde casa de dona Judite, ao lado da Igreja de Santo Antônio. “Feitiço não mata, mas olho gordo mata. Muitos chegam cabisbaixos, doentes e sem ânimo. A inveja faz isso, mas o poder da reza pode mandar tudo isso para bem longe”, diz.
Com a promessa de mandar embora o “quebrante e a morfina” vale apelar para todos os santos e orixás. “Nosso Senhor Jesus Cristo é quem nos protege, junto com Nossa Senhora, Santa Bárbara, Senhor do Bonfim, entre outros” conta Judite que aprendeu a fazer as rezas com folhas ainda menina. “Parei durante um longo tempo, mas depois voltei a essa graça. Tem gente que me liga de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas, outras vem da Estrada do Coco”, afirma.

No altar da rezadeira tem imagens de santos bastante populares na Bahia, desde o guerreiro São Jorge ao casamenteiro Santo Antônio. Já as folhas são colhidas no próprio quintal e algumas adquiridas no Subúrbio Ferroviário e nas feiras livres da cidade.
As rezas são feitas com ervas de tipos variados. Cada uma de acordo com a necessidade. “Uso alfazema, aroeira, arruda, guiné, quioô e quarana”, cita. Além das benzeduras, a rezadeira também recomenda os banhos de folha, como o tradicional de sal grosso, o de dente de alho, de alfazema e aroeira. “O bom é tomar durante três dias. Fazendo com fé a pessoa possa se livrar de todo mal”, garante.

Benzedeira famosa

Com 80 anos, a benzedeira Antônia Braga Machado, mais conhecida como dona Tuninha, natural de Sapeaçu há 170 km de Salvador ganhou fama nacional ao aparecer recentemente no programa Mais Você, da Rede Globo. “Faça chuva ou faça sol eu vou ao encontro da pessoa para rezar”, diz ela que aprendeu o ritual com folhas ainda bastante jovem.

Depois que apareceu na televisão, dona Tuninha ficou ainda mais famosa. “Uma moça da Itália ligou para me pedir que eu rezasse pela melhoria em seus negócios e eu fiz a reza pelo telefone. Depois ela mandou sua foto para que eu fizesse mais orações”, conta. Dona Tuninha acredita que o seu ofício é um dom de Deus. “Eu só ajudo, mas quem cura é 'ele'”, ressalta.

Fé nas rezas atrai pessoas de todos os lugares

O movimento na casa de dona Judite não para. “Seguimos essa tradição de nos rezar há muito tempo, pois a minha avó também fazia esse tipo de ritual lá na Argentina”, conta Maria Soria que mora na Bahia há alguns anos. Ela, seu pai, José Antonio Soria e sua mãe Vitória levaram a pequena Kaylane de 3 anos para ser rezada pela benzedeira do Largo de Santo Antônio. “Eu já tinha visitado aqui e agora trouxe minha filha que está ficando sempre doente “, afirma. Segundo Soria, a fé nas rezas com ervas veio de berço. “Temos muita fé”, disse ao ouvir as recomendações de banho da benzedeira.
“Passei 20 dias internada e foram as rezas dela que me ajudaram a ficar boa. Ser rezadeira é uma dádiva que Deus lhe deu”, enfatiza a cabeleireira, Edinalva Souza, 60 anos, acostumada com as rezas de dona Judite.

Do lado de fora a placa indica: “Rezadeira, reza mau olhado, erisipela, peito aberto e fogo selvagem”. Cada reza vale R$ 25. Apesar da cobrança, a rezadeira faz questão de frisar. “Eu apenas rezo. Não sou mãe-de-santo”.

Encontrar uma benzedeira em Salvador nos dias de hoje não é fácil, mas ao circular por feiras tradicionais, como a da Sete Portas é possível ainda se bater com algumas conhecedoras do ritual. É o caso de Damiana Cândida, moradora do IAPI. “Às vezes rezo para os amigos e só cobro a folha ou um pacote de velas se precisar”, diz enquanto compra algumas folhas.

Com ares de timidez, ela resumiu também a importância do banho de folha. “Servem para limpar, proteger e livrar do mau olhado”, disse citando as receitas com o alho macho, folha de vassourinha, arruda, manjericão e dandá.

“Tenho fé, pois se isso não existisse, a própria natureza não proveria essas ervas”, afirmou uma mulher que disse estar sofrendo, após ter sido traída pelo marido que saiu de casa. “Estou arrasada, mas as rezas e esses banhos vão dissolver esse mal”, acrescentou.

[...]

Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/2009/10/26/folhas-que-tiram-o-mau-olhado. 

25.9.16

Largo do Cruzeiro de São Francisco

Urban Sketching no Largo do Cruzeiro de São Francisco

A ocasião do episódio do #57 Encontro dos Croquizeiros Urbanos de Salvador (Urban Sketchers Salvador) nos permitiu concentrarmos a atenção, mais uma vez, às arquiteturas e à dinâmica urbana do Largo do Cruzeiro do São Francisco.

Esta área se configura com a mesma tipologia de ocupação colonial dos largos franciscanos... com a implantação da igreja de ordem primeira, um grande espaço quadrangular à sua frente... e um cruzeiro disposto em meio à este "pátio".

No caso, este o largo é delimitado com edificações coloniais e ecléticas, que fecham o enquadramento para a Igreja da Ordem Primeira do São Francisco. E, de extrema delicadeza... é possível encontrar, surpreendemente, uma fenda que nos arrebata com a visão da Ordem Terceira do São Francisco. esta sim, com um trabalho incrível de fachada (barroco plateresco). Motivo, é claro, de um desenho bastante complexo e temido por muitos sketchers.

Tivemos a oportunidade de desenhá-la em outro encontro, junto com o Mestre Jota Clewton... mas nunca a publicamos nesse veículo. Dessa vez seguem os desenhos lado a lado, um sketch mais "clássico ou tradicional' e outro "mais livre"... para a comparação dos leitores. O primeiro, integra a publicação Sketchers do Brasil... o segundo, realizado nesta última jornada que gerou esse post de hoje.



Estes sketches foram postados nas redes sociais da seguinte forma:

1. O da esquerda:

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco . Salvador/BA

Conclusão da obra: 2­2­ de junho de 1703

."É um expressivo exemplar da tradição barroca no país, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e foi uma das indicadas para a eleição das 7 Maravilhas do Brasil. A igreja faz parte de um dos principais conjuntos monumentais de Salvador, que inclui a Igreja e o Convento de São Francisco, que lhe ficam anexos. No século XIX, a fachada foi toda recoberta de argamassa, considerada fora de moda, sendo esquecida sua decoração original por mais de um século. Em 1932, por acidente, foi redescoberta, quando um eletricista estava fazendo a instalação de luzes. Durante o trabalho, deu marteladas na fachada, fazendo cair parte do reboco. Em 1939 o IPHAN encaminhou o seu tombamento".

Sketch geralmente temido por muitos desenhistas por causa da dificuldade do enquadramento e quantidade de detalhes. Estes, inclusive, são um caso à parte - merecendo atenção para compor um belo ensaio.

Desenho e aquarela realizado no #36 Encontro dos Urban Sketchers Salvador, que aconteceu no Largo do Cruzeiro do São Francisco e Pelourinho.

2. O da direita:

Largo do Cruzeiro do São Francisco: Registro em hidrográficas e aquarela das esquinas que enquadram a Igreja da Ordem Terceira Secular de São Francisco, no #57 Encontro dos Urban Sketchers Salvador.

[...]

Os outros registros desse evento foram os seguintes:







Flyer de divulgação do evento


Salvador, 25 de Setembro de 2016
AL






   

Urban Sketching na Praça da Sé . Salvador da Bahia

Esquadrias na Praça da Sé
Hoje tive um tempo para trazer aqui um breve relato sobre o #56 Encontro dos Croquizeiros Urbanos de Salvador (Urban Sketchers Salvador).

Retornamos à Praça da Sé (Salvador/BA) mais uma vez e, além do lugar, repetindo uma aula prática do curso de Croquis Urbanos que ministramos na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia. Foi uma jornada aprazível ao início da manhã e, um pouco complicada ao longo da mesma... isso, devido às chuvas.

O Encontro iniciou-se com uma preleção envolvendo um pouco do histórico e evelução urbana do lugar. Bem como algumas peculiaridades de algumas edificações e cones visuais mais significativos. 

Os primeiros croquis, de esquente, foram das esquadrias coloniais, ecléticas e modernistas das edificações do seu entorno. Além de um bom exercício de esquente, ajuda à "desenferrujar" a mão... e aprimorando o traço de hachura.

Após essa demanda iniciamos desenhos sobre os becos transversais que "desaguam" na praça. Com muita confusão provocada pelos usuários e transeuntes da área... e o início das chuvas, até que foi possível pelo menos marcar alguns desenhos.


Beco transversal à Praça da Sé . Hidrográfica e aquarela sobre papel 300 gr/m2.

Na medida em que as chuvas apertavam, e os suportes foram humedecendo... tornou-se impraticável a prática do desenho sem abrigo. A solução foi desenhar ao lado dos pilotis do Edifício Arthemis. Essa foi uma solução tipo plano B que acabou impedindo o desenho do ângulo do edifício ABI... desenhado em uma outra oportunidade no mês de abril de 2015. Se o leitor tiver curiosidade, confira o post completo sobre este e outros desenhos no relato sobre o Curso de Croquis Urbanos da FAUFBA em 2015... aqui mesmo no nosso blog.

Com essa mudança de planos o ideal foi desenhar as esquinas frontais... um rápido sketch sobre o Palácio Arquiepiscopal e a esquina do edifício A Primavera.

Assim foi o post que fizemos na nossa página no facebook:



"A Primavera"

Uma esquina na Praça da Sé . Salvador/BA

Vista da esquina da antiga loja de instrumentos musicais "A Primavera" (edificação da esquina). "A primavera", a mais de 30 anos, era uma das poucas lojas na cidade, onde era possível adquirir um instrumento musical profissional. Além de apetrechos para a sua manutenção. Perdi as contas das inúmeras vezes em que precisei de "atravessar" a cidade, da Barra ou de Itapoan... até a Praça da Sé, para obter informações ou mesmomelhorar a performance do violão, da gaita, guitarra, procurar pedais, comprar paletas, baquetas, pandeiros, etc... mas os tempos são outros. Antes que a loja se acabe por completo... fica o registro.

[...]


Flyer de divulgação do evento

Salvador, 25 de Setembro de 2016
AL


7.9.16

Lanchonete da Feirinha de Itapoan

Itapoã é um bairro bastante conhecido da cidade de Salvador/BA. Localidade reconhecida até internacionalmente através das canções de um dos maiores intérpretes, Dorival Caymmi... bem como muita gente já ouviu falar de suas praias, através da famosa música Tarde em Itapoã, de Vinícius de Moraes e Toquinho.

Já tive oportunidade de postar aqui neste site, também nas páginas do grupo USk Brasil e USk Salvador... inúmeras marinhas retratando esse lugar, bem como sua tradição praiera. Pois eu e minha família moramos aí a muitos anos... e até hoje passo e habito o lugar quase que cotidianamente.

Nestes últimos dias registrei uma parte da local Feirinha de Itapoan... que, na verdade, fica na Avenida Dorival Caymmi, centenas de metros das suas praias. Este Mercado de bairro foi uma invenção passada para retirar, do centro do bairro, a sua antiga e tradicional feira diária. Uma pena, pois a antiga feira possuia muitos dos aspectos da tradicional Cidade da Bahia... talvez hoje, só a Feira de São Joaquim ainda possua essa magia.

Todavia, ainda assim... é possível encontrar vestígios dessa baianidade. Os desenhos e textos fazem parte da vista de uma das pequenas "lanchonetes" internas, que de fato funcionam bem mais como botecos que vendem prato feito. Trata-se de mais uma paisagem informal da malha citadina que evoluiu sem planejamento urbano - assim como mais de 80% dessa cidade: lajes em processo de construção, casas sem reboco, pintura com cores diversas, fiação exposta e com "gatos" de energia elétrica e de canais de tv por "assinatura", beberrões se equilibrando, algazarras de feirantes, inúmeros pombos sujos à espreita dos restos de produtos.

Tomo duas cervejas durante o breve almoço. Traço e aquarelo as imagens que se seguem.

Na parede, um banner plástico engordurado e patinado pelo tempo diz:

"TABELA DE PREÇOS"
. Skol - R$7,00.
. Schin e Itapava - R$6,00.
. Assado de boi - sem valor (este tipo de assado é comumente oferecido no almoço de rua).
. Ensopado de frango - R$10,00 (idem).
. Bisteca e bife - sem valor (ibidem).
. Cuscuz e aipim - R$8,00 (o primeiro de tradição baiana, de milho, o segundo, menos comum no almoço).
. Feijoada - R$17,00 (ibidem).
. Moqueca de fato - R$13,00 (mais difícil de encontrar, mas comuns aos baianos. O fato é o bucho do bovino. A receita leva cebola, alho, tomate, coentro, camarão seco, leite de coco e azeite de dendê - leva uma duas horas para o preparo).
. Rabada - R$17,00
. Refr - R$4,00 (geralmente adquirido o litro).
. Filé de frango - sem valor (ibidem).
. Mocofato com pirão -  R$17,00 (é o bucho e o mocotó bovino, podendo vir outras carnes acompanhando - leva quase duas horas para o preparo).
. Mocotó com pirão - (aos domingos somente).
. Galinha caipira com pirão - sem valor.




Para abrir o apetite, uma cachaça de cambuí (o "whiskey de bolinha").

"Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha
E com o olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo
A terra toda a rodar

É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã".

Abraços da Bahia!

        

31.8.16

Lanternas vermelhas no Bon Odori Salvador

No episódio do #55 Encontro dos Urban Sketchers Salvador decidimos nos reunir para desenhar o Bon Odori da capital baiana. Na sua décima edição, o Festival da Cultura Japonesa, por estas plagas, encontra-se na sua décima edição... e atualmente, comemorando seus 25 anos de existência.

Flyer do Evento #55 Encontro USk Salvador, no X Bon Odori

No intervalo entre as aulas do curso de Croquis Urbanos que acontecem no segundo semestre de cada ano... esta foi uma jornada onde pude aproveitar um pouco mais a ambiência do lugar, ao invés de estar mais preocupado com a evolução dos estudantes - o que exige maior concentração na turma e menos nos meus próprios desenhos.

Não que o lugar do evento seja interessante para proporcionar bons desenhos (o Parque de Exposições de Salvador é desinteressante para ser desenhado)... mas o evento em si é que trás alguns temas bem usuais aos sketchers, mas nem sempre no nosso cotidiano: multidões, pessoas em movimento, ambientação "fora" do contexto, feiras de exposições, etc.

Três foram os desenhos... entre as 17:00h e 21:00h, do último sábado (27/ de agosto de 2016).

O primeiro desenho foi feito em pé, com sketchbook aberto... marcado em hidrográficas, e possui alguns cosplays - aquele pessoal fantasiado em personagens da cultura japonesa pop, ou heróis americanos da Marvel, DC, etc, ou mesmo outras criaturas da diversificada fauna dos filmes de ficção e aventuras que permeiam incessantemente o nosso imaginário mais recente. Esse sketch não foi postado.   

O segundo também foi feito em hidrográficas... igualmente em pé. Circulando por entre os stands de roupas (acabei comprando uma do Death Note), apetrechos de cosplays, ou de bottons (adquiri um do David Bowie, aquela imagem clássica... com o raio atravessado na face), lojas de kimonos, espadas de samurai e muitas bugigangas e quinquilharias do universo consumista mais recente. A aquarela veio depois, sentado. Isso quando realmente conseguimos uma mesa com vista mais interessante e com menos pessoas ao redor.

Lanternas Vermelhas 1 . Com o sketcher Selmo Jesus (cosplay maker e membro do USk Salvador)

Enquanto a turma que nos acompanhava estava bem entretida com os espetáculos das pistas (entre Capitão América, Jedis, Arlekinas, Curingas, Pikaxús e outras personagens divertidíssimas e muito bem produzidas) e dos palcos (taikôs, mágicos, concurso de misses, belíssimas danças tradicionais, karaokes, etc)... acabou saindo essa pequena série que somou o terceiro e quarto desenhos - breves registros sobre as multidões e as lanternas vermelhas do festival, em meio aos meus pastéis de queijo, lamês, cervejas piriguetes, doces japoneses coloridos, sakêroskas, etc.

Lanternas Vermelhas 2 . Com a multidão e um céu na passagem do lusco-fusco (twilight)

Lanternas Vermelhas 3 . Uma noturna com o entorno do palco e alguns personagens

     

29.8.16

Igreja do Passo . Salvador da Bahia

O entorno da Igreja do Passo é dos mais interessantes para quem deseja conhecer e desenhar os vestígios da arquitetura colonial em Salvador/BA. Neste post seguem duas investidas, em dois momentos diferentes, sobre o tema. 

Os primeiros desenhos foram realizados ao mesmo tempo em que ministrava uma aula de Croquis Urbano juntamente com o Prof. Nei Barreto (UFBA). Essa aula coincidiu com o #54 Encontro Urban Sketchers Salvador.

O primeiro croquis em hidrográfica e aquarela faz parte do exercício que os estudantes da disciplina desenvolveram como treinamento para um desenho de fachadas, se possível, bidimensional... procurando assimilar o traço, escala, proporção, texturas e hachuras.




A segunda leva de desenhos é uma série de dois desenhos de 15 minutos cada. No meu caso, como tinha que dar instruções, realizei o da esquerda em 10 minutos e o da direita, em apenas 3 minutos. As aguadas foram lançadas rapidamente quando tive oportunidade de sentar.

 


O último desenho desta jornada faz parte de um exercício que possui os mesmos objetivos dos anteriores...com mais tempo - aproximadamente 30 minutos. Todavia, j´com o acréscimo dos conhecimentos de perspectiva intuitiva de 1 ponto de fuga.



Flyer de divulgação do evento

A segunda leva de desenhos desta postagem é bem mais antiga... de 2013. Essa foi fruto de uma aula de Desenho de Observação com o Mestre Daniel Paz (UFBA). Essa coincidiu com o #2 Encontro Urban Sketchers Salvador, quando o grupo baiano estava recém fundado.




Escadaria do Passo


Vista desde o Adro da Igreja do Rosário dos Pretos

Flyer do evento